
O BTHF11 apresentou um forte desempenho no último mês, registrando um lucro líquido de R$ 21,668 milhões, valor que supera o resultado do mês anterior. A receita total do fundo imobiliário atingiu R$ 23,257 milhões, composta por R$ 22,098 milhões em receitas recorrentes e R$ 1,159 milhão em despesas. Esses números reforçam a solidez da geração de caixa, importante para investidores que buscam estabilidade e renda consistente.
Segundo o relatório recente, o resultado por cota foi de R$ 0,105, sendo que R$ 0,092 foram efetivamente distribuídos como dividendos do BTHF11 aos cotistas. No primeiro semestre, o fundo distribuiu aproximadamente 97% do lucro apurado, mantendo uma média de distribuição mensal superior a R$ 0,092 por cota. Essa periodicidade consistente evidencia a estratégia de manutenção de uma distribuição de renda alinhada às expectativas de investidores interessados em FIIs de tijolo e de papel.
Em relação à composição da carteira, o FII BTHF11 mantém uma exposição diversificada. Entre os fundos de tijolo, as maiores posições estão em BTHI11 (5,33%), HTMX11 (4,22%), VTLT11 (3,28%) e BPML11 (2,77%). No segmento de fundos de papel, os principais ativos são BTCI11 (7,92%), IRIM11 (6,17%) e KNIP11 (2,01%). O peso de CRIs, como parte de sua estratégia, também contribuiu para o desempenho do fundo, principalmente por ganhos relevantes em operações não recorrentes.
Sobre o cenário macroeconômico, a gestão destacou que o mês foi marcado por incertezas, principalmente relacionadas à política fiscal. Com a inflação acumulando 5,3% em 12 meses, acima do teto da meta de 4,5%, o Comitê de Política Monetária decidiu manter a taxa básica de juros em 15% ao ano. Ainda assim, o mercado secundário mostrou menor apetite por risco, impactando o desempenho do índice de fundos imobiliários, o IFIX, conforme apontado pelo próprio BTHF11 em seus relatórios.
BTHF11 demonstra resiliência e estratégia ativa de negociações no mercado secundário, que geraram mais de R$ 15 milhões em caixa, permitindo ao fundo maior flexibilidade para futuras operações de crédito estruturado e ajustes na carteira diante de distorções de preços.