
O HGRE11 apresentou uma redução no resultado líquido em julho de 2024, registrando R$ 9,282 milhões, ante R$ 10,268 milhões no mês anterior. Essa queda reflete uma dinâmica de receita e despesas que influenciam diretamente a distribuição de dividendos e a gestão do portfólio do fundo.
O relatório gerencial divulgado mostra que a receita total alcançou R$ 12,538 milhões, enquanto as despesas somaram R$ 3,255 milhões no período. Como consequência, o HGRE11 distribuiu aproximadamente R$ 10,045 milhões em dividendos aos cotistas, o que equivale a R$ 0,85 por cota, pagos em agosto.
Na base por cota, a receita de julho foi de R$ 1,06, com um lucro de R$ 0,79 por cota, destaque para o impacto positivo da venda do ativo Brasilinterpart e a multa rescisória recebida pela saída antecipada de uma locatária.
Alterações na carteira de locatários e impacto na vacância
As movimentações na carteira de locatários afetaram o índice de vacância do fundo, que caiu para 10,0% na vacância física e 6,7% na vacância financeira.
Para o mês de agosto, estão previstas novas locações, entre elas, a S5 Engenharia ocupará 767 m² na propriedade Guaíba, a Clariens assumirá 757 m² na cobertura da Torre Martiniano, e a Blackbox passará a utilizar 575 m² na propriedade Jatobá.
Por outro lado, a saída da locatária Reply do complexo CENESP, prevista para agosto, elevará a vacância física para aproximadamente 10,6%.
Além disso, negociações estão em andamento para locar 2.200 m² na Torre Jatobá e para ocupar o espaço devolvido na mesma unidade. No período, também ocorreram reajustes contratuais em mais de 24.000 m² de Área Bruta Locável (ABL).
A gestão do HGRE11 mantém uma estrutura de capital pouco alavancada, com dívida que representa apenas 2,6% do valor do portfólio. Aproximadamente 80% dos vencimentos da dívida estão concentrados no longo prazo, o que, segundo a administração, assegura a sustentabilidade financeira do fundo.
A dívida de R$ 48 milhões decorre de uma operação de securitização, com R$ 10 milhões de vencimento em curto prazo e o restante no longo prazo, estratégia considerada saudável para o crescimento do fundo sem comprometer sua solidez.