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Embraer (EMBR3) anuncia venda de aeronaves; ainda vale a pena investir na ação?

Embraer (EMBR3) anuncia venda de aeronaves; ainda vale a pena investir na ação?
Embraer (EMBR3). Foto: Divulgação

O governo brasileiro anunciou, na noite de ontem (29), a venda de quatro aeronaves A-29 Super Tucano da Embraer (EMBR3) ao Panamá, reforçando a presença do país na área de defesa aérea na América Latina.

A operação foi formalizada durante a visita do presidente panamenho, José Raúl Mulino, ao Brasil, e a negociação ainda não divulgou valores específicos, embora o Panamá tenha avaliado a compra por aproximadamente US$ 80 milhões em abril, durante a feira LAAD Defense, no Rio de Janeiro.

Compra do Super Tucano fortalece presença panamenha

A aquisição visa aprimorar a frota do Panamá para missões de vigilância, defesa e treinamento tático. Com a inclusão das quatro aeronaves, o Panamá se torna o oitavo país latino-americano a operar o avião militar, após Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e República Dominicana.

A oficialização da venda confirma a estratégia do Panamá em modernizar seus recursos militares, especialmente no segmento de defesa aérea, e destaca o papel do Super Tucano como uma solução eficaz para operações táticas na região.

BTG Pactual avalia impacto e recomenda compra de EMBR3

Após o anúncio, o BTG Pactual divulgou relatório positivo sobre a operação e a performance da Embraer no setor de defesa.

Segundo o banco, ainda que a venda seja de porte pequeno, ela reforça o modelo de negócios da Embraer nesse segmento, contribuindo para a melhora na margem operacional da companhia, dado que o Super Tucano apresenta uma margem EBIT entre 15% e 20%.

O relatório enfatiza que a venda incrementa a rentabilidade da Embraer, que tem consolidado margens mais altas em seus vários segmentos.

Além disso, o banco mantém uma visão construtiva para as ações de EMBR3, com potencial para revisões positivas até 2025.

A recomendação de compra dos ADRs da Embraer na NYSE (NYSE: ERJ) foi mantida com um preço-alvo de US$ 75,00 em um horizonte de 12 meses, frente aos US$ 56,45 atuais, refletindo o otimismo com o desempenho da companhia, especialmente no setor de defesa.

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