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XPML11 fecha julho com lucro de R$ 66,6 milhões e anuncia venda de imóveis; veja detalhes

XPML11 fecha julho com lucro de R$ 66,6 milhões e anuncia venda de imóveis; veja detalhes
XPML11 fecha julho com lucro de R$ 66,6 milhões e anuncia venda de imóveis. Foto: Divulgação

O fundo imobiliário XPML11 registrou um destaque financeiro em julho de 2025, encerrando o mês com um lucro líquido de R$ 66,566 milhões, incremento de 38,23% em relação ao resultado de junho, que foi de R$ 48,154 milhões.

Essa forte performance reflete a recuperação do setor e a gestão eficiente do veículo, que continuou a distribuir dividendos aos seus investidores.

A administração do fundo XPML11 manteve a distribuição de rendimentos em R$ 52,183 milhões, o equivalente a R$ 0,92 por cota, valor repassado em 25 de agosto.

A receita bruta registrada no período totalizou R$ 76,274 milhões, com a maior parte proveniente de receitas imobiliárias, que somaram R$ 72,974 milhões.

Outras fontes de ganhos incluíram aplicações em renda fixa, que geraram R$ 1,398 milhão, e investimentos em outros FIIs, que contribuíram com R$ 1,902 milhão. As despesas do mês ficaram em R$ 9,707 milhões.

Operacionalmente, julho também foi positivo em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O indicador de Vendas por metro quadrado subiu 6%, atingindo R$ 1.574/m², enquanto o NOI (Lucro Antes de Juros e Impostos) por metro quadrado cresceu 4,8%, chegando a R$ 133/m².

Além disso, o resultado acumulado não distribuído ficou em R$ 0,58 por cota, incluindo valores retidos nas participações nos shoppings Internacional Guarulhos e Grand Plaza.

Estratégia de reforço de caixa do XPML11

Segundo a gestão, até o final de 2025, será necessário reforçar o caixa do fundo imobiliário XPML11 devido a um déficit projetado de aproximadamente R$ 369 milhões, considerando obrigações contratuais, recebíveis e liquidez.

Para isso, o fundo assinou no fim de agosto um memorando de entendimento para a venda de participações em nove shoppings do portfólio, avaliada em cerca de R$ 1,6 bilhão, com a aquisição ocorrendo pela Riza Real Estate. A transação contempla pagamento de aproximadamente 68% à vista, cerca de R$ 1,1 bilhão, e o restante em até cinco anos.

A operação deve gerar uma liquidez aproximada de R$ 1 bilhão e um ganho de capital de cerca de R$ 278 milhões, potencialmente distribuíveis como dividendos brutos de aproximadamente R$ 4,90 por cota. Parte do valor será utilizada para quitar compromissos financeiros até o fim do ano. A venda está prevista para concluir-se em até 90 dias.

Apesar dessa situação, o FII XPML11 mantém uma estrutura sólida com patrimônio líquido estimado em R$ 6,4 bilhões e ativos imobiliários avaliados em R$ 7,9 bilhões.

A dívida, de R$ 550 milhões, representa um loan to value de aproximadamente 8%, considerada uma proporção saudável. A legislação também permite a retenção de até 5% do resultado anual do XPML11 para reforçar o caixa, reforçando a resiliência do fundo, cuja geração de resultados recorrentes é avaliada como robusta.

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