A Nvidia (NVDC34) divulga seus resultados trimestrais nesta quarta-feira (19), após o fechamento dos mercados americanos, em um dos balanços mais aguardados do ano. Investidores acompanham de perto os números, que podem redefinir expectativas para o setor de inteligência artificial e o ciclo de investimentos em infraestrutura de dados.
Em junho, a companhia se tornou a primeira do mundo a ultrapassar US$ 5 trilhões em valor de mercado, consolidando-se como referência em chips de alto desempenho para IA. A fabricante lidera fornecimentos para grandes nuvens e empresas de tecnologia, beneficiando-se de uma corrida global por capacidade computacional avançada.
Apesar do momento favorável, aumentam os alertas sobre uma possível bolha no ecossistema de IA. Resultados acima ou abaixo do consenso podem recalibrar as avaliações do mercado e a percepção de sustentabilidade do crescimento. Os papéis listados na Nasdaq acumulam alta de 34% em 2025; em cinco anos, o ganho supera 1.300%, refletindo a dominância tecnológica da empresa.
Analistas projetam nova expansão robusta, sustentada por demanda persistente de data centers. Segundo a Bloomberg, Microsoft, Amazon, Alphabet e Meta devem elevar os gastos combinados com IA em 34% nos próximos 12 meses, somando US$ 440 bilhões. Esse ciclo de capex segue como principal motor para pedidos de GPUs de última geração.
Há, contudo, incerteza sobre a continuidade do ritmo caso grandes compradores ajustem compromissos futuros. O consenso Bloomberg aponta receita próxima de US$ 55,8 bilhões no terceiro trimestre fiscal e lucro por ação ajustado de US$ 1,259. Algumas casas trabalham com números acima do consenso, citando oferta crescente e mix favorável de produtos.
No segundo trimestre fiscal de 2026, a Nvidia reportou lucro líquido de US$ 26,42 bilhões, alta anual de 59%, com lucro por ação ajustado de US$ 1,05, superando estimativas. A receita atingiu US$ 46,7 bilhões, avanço de 56% em doze meses, impulsionada por data centers, que somaram US$ 41,1 bilhões em vendas. Esses resultados reforçam a tese de liderança em computação acelerada e sustentam o otimismo para o próximo ciclo de produtos.
Em síntese, o mercado avalia se a Nvidia manterá a trajetória de crescimento em IA, validando projeções ambiciosas e reduzindo temores de superaquecimento.