O HGRU11 reportou receitas totais de R$ 40,877 milhões em outubro, equivalentes a R$ 1,76 por cota, impulsionadas por operações pontuais de alienação de ativos mobiliários. O resultado distribuível avançou 80,2% no mês, alcançando R$ 34,604 milhões (R$ 1,49 por cota), frente aos R$ 19,201 milhões de setembro. Apesar do desempenho extraordinário, a política de distribuição foi mantida estável, preservando previsibilidade para o cotista.
A gestão esclareceu que a elevação do resultado decorreu de evento não recorrente, direcionado a reforçar o caixa para compromissos com o Paulista 2.000 e o Projeto Olinda II. Esse movimento tático busca otimizar o ciclo de capital sem alterar a disciplina na concessão de proventos. Em 14 de novembro, os cotistas receberam R$ 0,95 por cota, mantendo a atratividade do fluxo de renda.
Em 23 de outubro, o fundo concluiu a venda do imóvel Pernambucanas Machado por cerca de R$ 6,7 milhões, com ganho de 19% sobre o investimento inicial e lucro em caixa de R$ 1,1 milhão (R$ 0,05 por cota). A alienação reduziu marginalmente a receita mensal de aluguel em aproximadamente R$ 0,002 por cota, efeito pontual frente ao reforço de liquidez. A estabilidade operacional foi preservada, sem alteração de locatários.
A ocupação do portfólio segue sólida: vacância física em 0,8% e WALE em 9,7 anos, indicadores que reforçam a resiliência da base contratual. A gestão aguarda a devolução da loja Mineirão Rio Branco após as obras de adequação. Esses elementos sustentam a tese de renda do HGRU11 ao combinar contratos longos e performance operacional consistente.
Reajustes contratuais trouxeram fôlego adicional. Seis contratos do grupo DMA foram revisados, com aumento médio de 28,8% nos aluguéis, abrangendo 55.223 m² de ABL. Esse avanço tende a mitigar impactos temporários de alienações e sustentar a geração de caixa operacional.
O projeto Passeio Dutra alcançou 99,4% de conclusão, com entrega prevista para novembro, enquanto a alavancagem permanece em 5,8%, patamar considerado conservador. Em síntese, o HGRU11 equilibrou reciclagem de portfólio, reforço de caixa e manutenção de proventos, preservando a atratividade dos dividendos e a saúde financeira do fundo.