A Kinea Renda Imobiliária registrou resultado líquido de R$ 102,1 milhões em novembro, abaixo dos R$ 111,1 milhões do mês anterior. O desempenho refletiu, sobretudo, a forte exposição a CRIs, que sustentaram os fluxos de caixa do portfólio mesmo em um ambiente competitivo. Os rendimentos do KNCR11 seguiram resilientes, favorecidos pela indexação ao CDI e pela qualidade de crédito dos emissores.
As operações com CRI responderam pela maior parte do resultado, somando R$ 96,2 milhões no mês. As aplicações em LCI adicionaram R$ 5,3 milhões, enquanto instrumentos de caixa contribuíram com R$ 6,3 milhões. Esse mix reforça a estratégia do fundo de priorizar ativos de crédito imobiliário com garantias robustas, combinando liquidez e retorno em linha com o perfil de risco almejado. Entre as secundárias, destaque para resultado líquido, carteira de CRI e proventos isentos, cada uma destacada uma vez.
O cenário de juros elevados continuou impulsionando a performance. Com a Selic mantida em 15% ao ano nas duas últimas decisões do Copom de 2025, o carrego de ativos atrelados ao CDI permaneceu elevado. Esse patamar segue como principal suporte aos rendimentos do KNCR11, com perspectiva de manutenção de retornos atrativos no curto prazo, enquanto não houver mudança relevante na trajetória da política monetária.
Os dividendos do KNCR11 referentes a novembro foram pagos em 11 de dezembro, no valor de R$ 1,11 por cota. Considerando a cota média de ingresso de R$ 102,12, a remuneração representou 1,09% líquido para pessoas físicas, equivalente a 103% da taxa DI. Essa distribuição reforça a consistência do fundo em manter proventos alinhados ao desempenho operacional e às condições de mercado.
Em linha com sua estratégia, o FII KNCR11 concluiu investimento de R$ 50 milhões em um novo CRI, remunerado a CDI + 1,90%. O devedor é o HSLG – BTS Meli, com lastro no desenvolvimento de um galpão logístico na região metropolitana de Curitiba. O imóvel está locado ao Mercado Livre em estrutura Built to Suit, o que tende a mitigar risco de vacância e fortalecer a previsibilidade de recebíveis.
Perspectivas para os próximos meses incluem continuidade da seletividade na originação de crédito, atenção à qualidade de garantias e possível ajuste tático de caixa. Com a taxa básica ainda elevada, os rendimentos do KNCR11 devem seguir sustentados, enquanto o portfólio busca capturar spreads atrativos com controle de risco.