O RURA11 registrou resultado contábil de R$ 19,4 milhões em novembro de 2025, abaixo dos R$ 21,7 milhões do mês anterior. Apesar da queda, o fundo manteve a consistência na distribuição de rendimentos, refletindo disciplina na gestão e foco em previsibilidade para os cotistas. O lucro contábil acumulado chegou a R$ 26,1 milhões, reforçando a estabilidade operacional ao longo do período.
As receitas do mês somaram R$ 21,3 milhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 1,8 milhão. Esse equilíbrio manteve a capacidade de distribuição em linha com a política do fundo. O pagamento foi de R$ 0,11 por cota, o que representa rentabilidade anualizada de 13,6% considerando a cota patrimonial. Com base no preço de mercado no fim de novembro, o retorno anualizado atingiu 17,1%, evidenciando impacto positivo do desconto em relação ao valor patrimonial.
O crédito agro segue como alicerce do portfólio, com 89% do patrimônio líquido alocado nesse segmento. O fundo mantém 61 devedores distribuídos por diversas culturas e regiões, apoiando a pulverização e mitigando riscos setoriais e geográficos. Essa diversificação contribui para a resiliência frente a oscilações macro e específicas do agronegócio.
A gestão reportou movimentações relevantes na carteira. Duas operações foram liquidadas antecipadamente com recebimento dos prêmios devidos, o que reforça a qualidade de crédito e melhora o giro de caixa. A Transbrotense — empresa de logística do agronegócio sediada em Brotas — quitou seu compromisso, e a SBA — usina de açúcar e etanol recentemente adquirida pela Zilor — também antecipou o pagamento.
Entre os ativos herdados, quatro créditos seguem com algum grau de estresse: Consentini, José Lot, Portal Agro e Copagri. Os processos judiciais ainda não tiveram decisões relevantes. A gestão segue priorizando negociações diretas para busca de soluções comerciais que minimizem perdas e acelerem recuperações.
Esses créditos em dificuldade representam 7,7% do patrimônio líquido do RURA11. Embora exijam atenção, seu peso relativo é controlado e não compromete a capacidade de distribuição no curto prazo. A manutenção do dividendo em R$ 0,11 por cota indica que a gestão preserva liquidez e disciplina, enquanto trabalha para destravar valor nos créditos estressados e sustentar a performance ao longo dos próximos meses.