No cenário atual, ações na B3 continuam a atrair o interesse de investidores que buscam diversificação e potencial de crescimento. Recentemente, um painel promovido pelo Suno Invest destacou três empresas que se destacam como opções promissoras para quem deseja investir nesses ativos. Entre os setores abordados, o agronegócio, o de shoppings e o industrial de metalurgia estão entre os mais relevantes para o cenário de valorização futura.
A primeira a ser apresentada foi a 3tentos (TTEN3), uma companhia relativamente jovem, criada em 1995 e listada na B3 em 2021. Sua atuação inicial era no segmento de venda de sementes para produtores rurais no Rio Grande do Sul. Atualmente, ela também atua na produção e comercialização de insumos agrícolas, incluindo fertilizantes e defensivos.
Segundo João Daronco, analista de ações da Suno Research, a empresa figura entre os principais distribuidores da Basf, o que garante ganhos de escala e acesso a profissionais especializados essenciais para o setor agrícola.
Desde 2013, a 3tentos ampliou sua atuação ao segmento de agroindústria, envolvendo manuseio, armazenamento e processamento de grãos, o que permite acompanhar toda a cadeia produtiva. O analista destaca que, em três anos, a receita da companhia cresceu aproximadamente 2,5 vezes, refletindo um modelo de negócios cada vez mais complexo e potencialmente rentável.
A forte resiliência do agronegócio e suas perspectivas de crescimento estão relacionadas ao aumento da demanda por alimentos, impulsionado pelo crescimento populacional, e pela elevação da renda per capita, que leva os consumidores a optarem por produtos de maior valor agregado, como proteínas.
Agro com grande potencial de crescimento: oportunidades em ações de empresas tradicionais
Os insights do CIO da Trígono Capital, Werner Roger, também reforçam a atratividade do setor agrícola. Ele destacou a Kepler Weber (KEPL3), uma empresa centenária que, após atuar em metalurgia, se especializou em soluções para o agro a partir dos anos 1950. Especializada em tecnologia para beneficiamento e transporte de grãos, a companhia tem investido na melhoria de sua eficiência operacional e projeta triplicar seu valor de mercado na próxima década, com potencial de dinamizar seus negócios nesse período.
No segmento de shopping centers, a Allos (ALOS3) foi apontada como uma opção sólida. Roberto Esteves, da Guepardo Investimentos, ressaltou que a tese de investimento na empresa exige disciplina, devido às oscilações do setor associadas ao cenário macroeconômico. Ainda assim, a gestão consolidada da Allos, que controla 46 shoppings e administra outros 12, tem demonstrado resultados consistentes.
Com receita projetada de R$ 2,7 bilhões para 2024, a companhia resulta da fusão de grandes administradoras de shoppings — Aliansce, Sonae e BR Malls — consolidando sua presença no mercado de imóveis comerciais após aquisições estratégicas, incluindo a recente compra da BR Malls em 2023.
Vale ressaltar que esta matéria não representa uma indicação de compra ou venda de ações e que todas as decisões de investimentos devem ser feitas com base no perfil de risco de cada investidor.