
A C&A (CEAB3) deverá enfrentar um terceiro trimestre considerado desafiador, conforme relatório divulgado nesta semana pela XP Investimentos. A corretora indica que fatores climáticos adversos e uma base de comparação mais difícil devem impactar os resultados da varejista nos próximos meses.
Apesar desse cenário de dificuldades, a XP mantém uma perspectiva otimista, projetando que as ações da C&A podem apresentar uma valorização superior a 29% até o final de 2026, considerando a cotação dos papéis na última sexta-feira (19).
Expectativas para o terceiro trimestre e possíveis recuperações
De acordo com o relatório, a XP ressalta que o período atual poderá ser marcado por uma desaceleração nas vendas de vestuário devido ao inverno de 2024 mais quente e tardio do que o usual. Essa condição climática atípica afetou negativamente o desempenho comercial da companhia.
Os analistas indicam que o impacto deve ser avaliado considerando uma combinação do desempenho do segundo e do terceiro trimestre.
A expectativa é de que, ao analisar esses dois períodos conjuntamente, as vendas de vestuário se mantenham em níveis de crescimento de dois dígitos, sendo o fraco desempenho do terceiro trimestre majoritariamente atribuído à difícil base de comparação.
A previsão da XP aponta que a recuperação das vendas deve ocorrer a partir de meados de setembro, com melhorias graduais no ritmo de comercialização, acompanhando a normalização das temperaturas e da base de comparação.
Essa retomada, segundo a casa de análise, deve contribuir para que os resultados se estabilizem e evoluam positivamente, posteriormente.
Potencial de valorização das ações até 2026
A análise da XP também estendeu o preço-alvo da CEAB3 até o final de 2026, estimando um valor de R$ 23 por ação. Essa projeção indica um potencial de valorização de mais de 29% em relação às cotações atuais.
Para chegar a essa estimativa, a corretora revisou suas projeções de EBITDA, ajustando uma redução de 2,5% a 5% para os anos de 2025 e 2026, em função de maiores despesas administrativas e de vendas. Ainda assim, ela revisou para cima o lucro líquido, com aumento de 7% em 2025, resultado de menores despesas financeiras.
Os ajustes nas projeções levaram em conta esses fatores, sendo que o relatório precisa ser interpretado como uma análise de cenário, não uma recomendação definitiva de compra ou venda das ações.
Vale lembrar que tanto as avaliações quanto as projeções estão sujeitas às condições de mercado e a possíveis mudanças no desempenho financeiro da companhia.