As principais corretoras brasileiras — Andbank, BTG Pactual, Genial e BB Investimentos — mantêm visão construtiva para ações em novembro, amparadas pela perspectiva de cortes de juros no exterior e por uma temporada de proventos consistente.
A leitura é de que, mesmo após a valorização do Ibovespa, ainda há espaço para ganhos em setores defensivos e empresas com fundamentos sólidos.
O BTG Pactual ressalta que ciclos de afrouxamento monetário nos EUA e a possibilidade de flexibilização adicional adiante seguem como catalisadores-chave para ações.
A casa praticamente não alterou a carteira 10SIM, concentrando-se em nomes de qualidade com potencial de valorização e fluxo de dividendos previsível, com atenção às mudanças tributárias que podem destravar eventos extraordinários.
Entre bancos, Itaú Unibanco (ITUB4) e Nubank (ROXO34) lideram a exposição, somando 20% do portfólio. O Itaú segue como Top Pick entre incumbentes, sustentado por ganhos de eficiência e aceleração digital projetada para 2026.
O Nubank ganha tração com expansão no México e primeiros passos para os EUA, reforçando a tese de crescimento lucrativo e diversificado.
No setor elétrico, o BTG elevou posição em Copel (CPLE6) e Equatorial (EQTL3), hoje 25% da carteira. As duas utilities estão bem posicionadas para possíveis dividendos extraordinários e para navegar um cenário regulatório mais previsível, preservando retorno e resiliência operacional. A ênfase em qualidade e caixa robusto aparece como defesa importante.
A tese de construção civil segue seletiva, com foco em média e baixa renda em ações. A aposta em Direcional (DIRR3) destaca execution acima da média e potencial dividend yield de até 13%, apoiado por programas habitacionais.
Já Cyrela (CYRE3) permanece como nome premium, com lucro em alta e espaço para distribuição adicional entre 9% e 10% ao ano, conforme a geração de caixa.
Estratégia do Andbank segue estável. A Carteira Meta Ações preserva nomes resilientes: BB Seguridade (BBSE3), Bradesco (BBDC4), Copel (CPLE6), Eletrobras (ELET6), Itaú Unibanco (ITUB4), Itaúsa (ITSA4), Minerva (BEEF3), PetroRio (PRIO3), Telefônica (VIVT3) e Vale (VALE3).
Destaque para BB Seguridade, com lucro de R$ 2,2 bilhões (+20% a/a) e yield de 8,8%; o Itaú, com ROE de 23,3%; e pagadoras consistentes como Eletrobras e Vale, fortalecendo o viés defensivo das carteiras de ações.