
As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) operam em forte alta nesta segunda-feira, 25, após a notícia de que a família Coelho Diniz aumentou sua participação na companhia para 24,6%.
A disparada chegou a ultrapassar 6% na abertura do pregão, tornando-se uma das maiores valorizações do Ibovespa nesta manhã. O movimento reflete o interesse do mercado pelo novo cenário acionário da varejista e possíveis mudanças na governança.
Segundo informações divulgadas pelo GPA, a família Coelho Diniz protocolou um pedido para convocar uma assembleia geral extraordinária.
O objetivo é dissolver o atual Conselho de Administração e eleger uma nova composição, buscando maior alinhamento entre a estrutura acionária e o colegiado executivo. Essa medida ocorre em um momento de disputa pelo controle da companhia, que também está relacionado à mudança na influência dos principais acionistas.
Por que as ações do GPA estão reagindo positivamente neste momento?
A principal razão para a alta dos papéis é o aumento expressivo na participação da família Coelho Diniz, que agora detém 24,6% do GPA, ficando à frente do Casino, que possui 22,5%.
A tentativa de convocar uma assembleia tem o potencial de alterar a estrutura de governança da empresa, com a expectativa de uma maior influência dos Diniz na direção do GPA.
Ainda assim, a estratégia de aumento de participação não pode ultrapassar 25%, devido à cláusula de “poison pill”, que limita o percentual de controle sem a realização de uma oferta pública de aquisição (OPA).
De acordo com um relatório da Genial Investimentos, o incremento na participação da família aumenta a influência na governança da companhia, podendo impactar os rumos estratégicos do GPA.
A gestora acredita que a tentativa de alinhamento entre ação e conselho pode conferir maior estabilidade à gestão, embora ressalte que há incertezas no curto prazo até a definição da nova composição do colegiado.
Embora os investidores tenham demonstrado otimismo com o movimento, a recomendação da Genial para os papéis do GPA permanece neutra, com preço-alvo de R$ 3,50 por ação.
Ainda assim, o cenário atual sugere uma possível mudança na influência acionária e na estratégia da varejista, o que pode gerar maior volatilidade no curto prazo até a definição definitiva da governança.