O Nubank (ROXO34) reportou lucro líquido de US$ 783 milhões no terceiro trimestre de 2025, um recorde histórico que representa alta de 39% em relação ao 3T24. O desempenho ficou acima das projeções do mercado e reforça a capacidade do banco digital de monetizar sua base crescente de clientes, mesmo em um ambiente competitivo.
Entre as casas, o Itaú BBA esperava lucro de US$ 670 milhões, sinalizando um desvio positivo relevante. O BTG Pactual destacou que o resultado veio 14% acima de suas estimativas, sustentado por receitas mais fortes e eficiência operacional. A leitura geral dos analistas é de surpresa positiva e continuidade do ciclo de rentabilidade.
No trimestre, o retorno sobre patrimônio atingiu 31%, apoiado por margem financeira robusta e controle de despesas. As receitas somaram US$ 4,2 bilhões, avanço de 39% na comparação anual. A carteira de crédito alcançou US$ 30,4 bilhões, crescimento de 42% ante 2024, enquanto a base de clientes chegou a 127 milhões, reforçando o efeito de escala. A expansão manteve mix equilibrado entre cartões e empréstimos pessoais.
O NPL de 15 a 90 dias registrou 4,2%, queda de 0,2 p.p. tanto na base trimestral quanto anual, indicando melhora na originação recente. Já o NPL acima de 90 dias ficou em 6,8%, alta de 0,2 p.p. no trimestre, refletindo safras anteriores e normalização do ciclo. Os índices seguem acima dos grandes bancos tradicionais, como o Itaú, que marcou 2,3%, mas dentro do apetite de risco do Nubank e cobertos por provisões.
Visão dos analistas sobre as ações do Nubank
O Itaú BBA manteve recomendação de compra, com preço-alvo de US$ 19 para o fim de 2026, citando crescimento sustentável, ROE elevado e ganhos de eficiência. O BTG Pactual também reiterou compra, projetando US$ 18 em 12 meses, ancorado em expansão de receitas e qualidade de crédito controlada. Para investidores, o caso segue apoiado por escala, tecnologia e monetização.
Em síntese, o Nubank entrega tração comercial, rentabilidade crescente e guidance implícito favorável, apesar de NPL acima de pares. A combinação de base de 127 milhões de clientes, ROE de 31% e receitas de US$ 4,2 bilhões sustenta a tese de crescimento com eficiência.
