O fundo de infraestrutura AZIN11 realizou mudanças estratégicas em sua carteira em outubro, com vendas seletivas e redirecionamento de capital para energia solar e telecomunicações. A gestão destacou que o desempenho segue acima do CDI desde o início, reforçando a resiliência do portfólio e a disciplina na alocação de recursos conforme as condições de mercado.
A AZ Quest concluiu a venda integral das debêntures da Triple Play Brasil Participações (CONX12), em operação que somou R$ 818 mil. O ativo havia sido comprado em maio com spread de 4,66% e vendido em outubro a um spread médio de 3,25%, sinalizando ganho tático na curva de crédito e rotação eficiente da carteira.
Para reforçar a exposição a infraestrutura de conectividade, o AZIN11 investiu R$ 7 milhões em debêntures da Global Infra Telecom, empresa com foco em torres e redes de telecom. Em paralelo, a gestora alocou R$ 5 milhões em debêntures da Neo Solar (NEOS11), financiando quatro usinas fotovoltaicas e capital de giro, diversificando receitas e alongando prazos do portfólio.
Em outubro, o retorno sobre o patrimônio líquido representou 98% do CDI. Desde a criação, o retorno acumulado atingiu 174% do CDI, enquanto o total return chegou a 175% do CDI considerando cotas ajustadas por dividendos. Esses números reforçam a consistência da estratégia e a capacidade do fundo em capturar prêmios de crédito com controle de risco.
A política de distribuições será ajustada após o fundo atingir o valor patrimonial da última oferta, de R$ 97,25. A partir daqui, as próximas distribuições refletirão o desempenho patrimonial futuro e eventuais realizações de resultado, buscando previsibilidade e aderência ao fluxo de caixa.
No mercado secundário, as cotas encerraram outubro a R$ 100,80, queda de 1,9% no mês. A liquidez apresentou avanço, com média diária de R$ 843 mil em negociações, equivalente a 0,4% do patrimônio líquido, indicando maior interesse dos investidores.
O AZIN11 combinou rotação de crédito, reforço em telecomunicações e aporte em energia solar para otimizar risco-retorno. A venda de CONX12, a compra na Global Infra Telecom e o avanço em NEOS11 foram os destaques do mês, com manutenção de performance superior ao CDI no acumulado.
