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Azul (AZUL4) anuncia plano de reestruturação financeira nos Estados Unidos

Azul (AZUL4) anuncia plano de reestruturação financeira nos Estados Unidos

A Azul (AZUL4), uma das principais companhias aéreas brasileiras, entrou em um processo voluntário de reorganização financeira nos Estados Unidos, regulado pelo Chapter 11, uma medida comum para empresas em dificuldades. O objetivo do movimento é transformar a estrutura de capital, promovendo uma saída mais sólida e sustentável do atual período de desafios econômicos.

Segundo comunicado oficial, a companhia firmou acordos com credores, incluindo sua maior arrendadora, AerCap, além de parceiros estratégicos como United Airlines e American Airlines. Esses acordos asseguram aproximadamente US$ 1,6 bilhão em financiamento DIP (debtor-in-possession), recurso que permite à Azul manter suas operações durante o processo de reestruturação.

Reestruturação financeira e continuidade operacional

A Azul destacou que esses acordos incluem a eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas, além do aporte de até US$ 950 milhões em capital novo no momento da saída do Chapter 11. Ainda assim, a companhia garantiu a manutenção de operações, incluindo voos, vendas de passagens e benefícios aos clientes durante todo o processo.

Para acompanhar as negociações e avaliar os desdobramentos futuros, a Azul criou um comitê independente especial, formado por três membros: Renata Faber Rocha Ribeiro, Jonathan Seth Zinman e James Jason Grant, todos conselheiros independentes. O grupo atuará como órgão consultivo do conselho de administração, com poder de supervisionar negociações e recomendar estratégias relacionadas ao processo.

Compromisso com o mercado e parceiros estratégicos

John Rodgerson, CEO da Azul, reforçou o compromisso da companhia em continuar operando normalmente: “A Azul continua a voar — hoje, amanhã e no futuro. Esses Acordos representam um passo importante na transformação do nosso negócio.” Ele explicou que os efeitos da pandemia, instabilidades macroeconômicas e problemas na cadeia de suprimentos impulsionaram a necessidade de uma reestruturação.

A AerCap, maior arrendadora da Azul, manifestou confiança na recuperação da companhia, com Aengus Kelly, CEO da Airbus, afirmando que a Azul sairá mais forte do processo. Além dos credores, as parceiras estratégicas United Airlines e American Airlines também expressaram otimismo, destacando a importância da Azul na malha aérea brasileira e o impacto positivo de sua reestruturação.

Perspectivas e impactos para investidores

A Azul comunicou que irá descontinuar as previsões financeiras para 2025, devido à reestruturação em andamento. Todos os dados relevantes serão divulgados oficialmente ao mercado, mantendo a transparência com investidores e stakeholders.

Com o apoio dos principais atores do setor aéreo e o pacote de financiamento garantido, a Azul busca fortalecer sua resiliência e sustentabilidade financeira, preparando-se para um futuro mais robusto. Para investidores, a reestruturação representa uma fase de incerteza de curto prazo, mas também uma potencial oportunidade de recuperação e valorização futura, desde que a companhia consiga cumprir os seus planos estratégicos.


ACESSO RÁPIDO

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