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Banco do Brasil (BBAS3) e ações de bancos: o que esperar da “pressão” da Lei Magnitsky?

Banco do Brasil (BBAS3) e ações de bancos: o que esperar da “pressão” da Lei Magnitsky?
GGRC11 revisou proposta de compra para um imóvel logístico em Quatro Barras (PR) - Foto: iStock

A recente controvérsia envolvendo a Lei Magnitsky e o Supremo Tribunal Federal (STF) colocou o setor bancário brasileiro sob forte pressão. Na semana passada, os cinco principais bancos do país registraram uma perda de mais de R$ 40 bilhões em valor de mercado, refletindo um cenário de alta volatilidade e incertezas jurídicas. Dentre essas instituições, o Banco do Brasil (BBAS3) se destaca como o mais vulnerável diante do contexto, devido a fatores específicos que ampliam sua exposição a riscos políticos, legais e internacionais.

A Lei Magnitsky, sancionada nos Estados Unidos, impõe sanções financeiras a indivíduos e entidades considerados violadores de direitos humanos. Recentemente, o governo americano orientou restrições específicas contra o ministro Alexandre de Moraes, incluindo sanções financeiras, o que gerou um conflito jurídico e político com o Brasil.

Enquanto o STF proibiu a aplicação de leis estrangeiras sem validação da Justiça brasileira, os Estados Unidos indicam a possibilidade de punições severas a bancos que descumpram suas determinações.

Esse impasse coloca o Banco do Brasil, que possui operatividade em solo americano e pagamento de servidores públicos, em uma posição particularmente delicada.

Como explica Lucas Castilho, consultor da Suno Consultoria, “o ambiente de incerteza jurídica cria um dilema para os bancos (respeitar a Lei Magnitsky ou a decisão do STF), podendo resultar em restrições às operações internacionais ou multas, o que afeta diretamente o valor de mercado da instituição”.

Como a situação pode afetar as ações do Banco do Brasil e demais bancos

A posição do Banco do Brasil o torna mais suscetível a pressões políticas e internacionais, especialmente por sua participação no pagamento de servidores públicos federais e operações nos EUA. Ainda de acordo com Castilho, “o risco de decisões governamentais adversas é maior nesse contexto, o que pode gerar instabilidade nas ações”.

Outras instituições, como Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11), também são impactadas pelo cenário, embora sua presença internacional mais diversificada possa atuar como um fator de amortecimento. “Esses bancos têm uma atuação global mais diversificada, o que tende a amenizar o impacto em relação ao Banco do Brasil”, avalia.

Orientações para investidores em ações de bancos diante do cenário

Diante de incertezas que elevam a volatilidade, muitos investidores questionam como proceder com ações de bancos na carteira. Segundo Castilho, é fundamental manter a disciplina e separar ruídos momentâneos de fundamentos sólidos.

“Quem investe a longo prazo deve acompanhar se a geração de lucro e a solidez de capital do banco permanecem estáveis, pois quedas podem representar oportunidades de compra de ativos de qualidade com desconto.”

No caso específico do Banco do Brasil, a recomendação é avaliar se o impacto atual altera seus fundamentos econômicos. A instabilidade jurídica e política pode exercer pressão no curto prazo, mas o valor de longo prazo deve prevalecer na tomada de decisão.

Diante do contexto, a consultoria financeira surge como ferramenta crucial para quem busca estratégias de investimento seguras. O trabalho da Suno Consultoria é oferecer análise técnica e orientar sobre riscos, ajudando a montar uma carteira equilibrada nesse momento de alta volatilidade. Para saber mais, o site da Suno oferece opções de consultoria para quem deseja estruturar uma carteira de investimentos alinhada aos seus objetivos e perfil de risco.

Esta matéria não constitui recomendação de compra ou venda de ações do Banco do Brasil (BBAS3) ou de qualquer outra instituição financeira.

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