O BofA reiterou recomendação de compra para ações da Nvidia (NVDC34), mantendo o preço-alvo em US$ 275 mesmo após a queda de 2% no último mês.
Para o banco, a leitura negativa dos resultados do terceiro trimestre não indica deterioração dos fundamentos, mas sim ajustes de curto prazo no sentimento do mercado. A instituição reforça que a tese continua ancorada na liderança em IA e no ecossistema de hardware e software da companhia.
No trimestre, o Bank of America destacou que o fluxo de caixa livre avançou mais de 60%, superando US$ 22 bilhões. Esse desempenho robusto reforça a capacidade de investimento em P&D, supply chain e parcerias estratégicas, elementos essenciais para sustentar a liderança em aceleradores de IA.
Além disso, os dias de vendas pendentes recuaram de 54 para 53 dias, o que sugere estabilidade operacional e disciplina na gestão de capital de giro.
O relatório reconheceu a pressão crescente de plataformas de IA de outras big techs, mas argumentou que os microprocessadores da Nvidia preservam vantagens em disponibilidade, desempenho e tempo de implementação.
Nos principais provedores de nuvem, a empresa segue como referência em eficiência e maturidade do stack, fator que reduz o time-to-market de clientes corporativos. Esses pontos sustentam o diferencial competitivo no ciclo atual de investimentos em data centers.
A Nvidia negocia a 24x e 18x o lucro estimado para 2026 e 2027, respectivamente. Mesmo com esses múltiplos, o BofA projeta crescimento acima de 40% para receita e lucro por ação, o que indicaria relação risco-retorno atrativa no horizonte de médio prazo. Para o banco, a combinação de escala, software proprietário e base instalada favorece a captura de demanda recorrente.
Perspectivas e riscos para ações da Nvidia
Embora o cenário seja construtivo, o BofA monitora riscos como normalização de ciclos de capex em nuvem, avanços de chips customizados e possíveis restrições regulatórias.
Ainda assim, a resiliência do backlog e a liderança no ecossistema CUDA tendem a mitigar parte dessas pressões. Para investidores, a recomendação de compra em ações da Nvidia permanece sustentada por fundamentos sólidos e execução consistente.
Em síntese, o BofA vê os recentes ruídos de curto prazo como oportunidade. A manutenção do preço-alvo em US$ 275 reflete confiança na trajetória de lucros e no posicionamento competitivo da companhia. O banco reforça que a tese em ações da Nvidia segue apoiada por crescimento acelerado em IA e forte geração de caixa.