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BTG vê VALE3 destravando valor com metais básicos

BTG vê VALE3 destravando valor com metais básicos
Vale (VALE3) Créditos: Divulgação

A VALE3 pode destravar valor relevante com a recuperação de sua divisão de metais básicos, avalia o BTG Pactual em relatório divulgado nesta segunda-feira (10). O banco reiterou recomendação de compra e preço-alvo de US$ 15 para os ADRs, sugerindo potencial de alta de 31,1%. A leitura é que a reestruturação recente começa a aparecer nos números e no posicionamento estratégico da companhia.

Após ajustes operacionais, a Vale Base Metals (VBM) voltou a gerar caixa. O plano incluiu cortes anuais de US$ 360 milhões em Opex e Capex, além de uma redução de 40% nas despesas administrativas. A estratégia de descentralização de decisões elevou a eficiência e acelerou a execução em frentes críticas de produção e manutenção.

O foco estratégico da divisão recai sobre o cobre, visto pelo BTG como o principal motor de crescimento. A VBM enxerga espaço para dobrar a capacidade para 700 mil toneladas anuais ao longo da próxima década, sustentada por projetos brownfield e ganhos de produtividade. O níquel seguirá relevante em operações polimetálicas, ainda que com prioridade inferior ao cobre.

Segundo os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, o mercado ainda precifica a VBM com desconto. Eles defendem que, mantida a execução atual, a divisão pode superar US$ 30 bilhões em valor, criando uma opcionalidade de rerating para o grupo. Essa leitura contrasta com a percepção de risco operacional ainda embutida nos múltiplos negociados pela VALE3.

Projeções do BTG indicam EBITDA de US$ 15,4 bilhões em 2025 e lucro líquido de US$ 8,7 bilhões, com dividend yield estimado em 7,6%. Em comparação aos pares globais, os múltiplos seguem atrativos, especialmente considerando a alavancagem operacional da VBM e o ciclo favorável do cobre. A combinação de disciplina de capital e eficiência operacional sustenta a tese de valorização.

H2: Perspectivas para a VALE3 com a VBM
Com a VBM mais enxuta e orientada a retornos, a VALE3 tende a capturar múltiplos mais altos à medida que o mercado reconhece a qualidade dos ativos e o avanço dos projetos. A melhora de governança e a clareza estratégica reforçam a confiança na execução, potencializando dividendos e reprecificação.

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