O BTLG11 firmou compromissos para comercializar 75% do WT Morumbi, na avenida Chucri Zaidan, zona sul de São Paulo, e 100% do Work Bela Cintra, próximo à Paulista. Ambos os edifícios foram adquiridos do SARE11 na semana anterior, em uma operação estruturada que prioriza a rotação de portfólio e a captura de ganhos de capital. A estratégia reforça o foco do fundo em ativos logísticos, em especial o complexo em Santo André, apontado como principal interesse na aquisição do portfólio do Santander.
A transação está estimada em R$ 557.008.840,00, com pagamento à vista no fechamento e expectativa de ganho de capital de 12% para o BTLG11. Parte do pagamento foi realizada com cotas da emissão recente do fundo, pelo valor patrimonial, acima da cotação de mercado, refletindo disciplina financeira e aproveitamento de assimetria entre preço e valor.
Entre os impactos esperados, o resultado projetado é de aproximadamente R$ 24 milhões, o que equivale a R$ 0,54 por cota. Esse montante deve ser incorporado ao cálculo dos dividendos do BTLG11, que distribuíram R$ 0,79 por cota nos dois meses anteriores, podendo reforçar o rendimento no curto prazo.
A conclusão do negócio está condicionada à aprovação do Cade e à renúncia do direito de preferência pelos locatários atuais. A expectativa é finalizar até dezembro, mantendo o cronograma alinhado ao fechamento das etapas regulatórias e contratuais. Caso os condicionantes sejam cumpridos no prazo, a liquidação financeira ocorrerá integralmente na assinatura.
O SARE11 já encerrou as negociações na última quinta-feira. Os cotistas do fundo têm até 27 de novembro para informar o custo médio de aquisição para fins fiscais, etapa relevante para o correto apuramento de eventuais ganhos e retenções. Esse procedimento é padrão em processos de liquidação e distribuição de ativos a cotistas.
As 4.300.415 cotas do BTLG11 serão distribuídas proporcionalmente em 5 de dezembro, com o saldo residual a ser pago em 11 de dezembro. Esse cronograma confere previsibilidade aos investidores e facilita o planejamento de caixa. No agregado, a operação reforça a realocação para logística e consolida o perfil do fundo em ativos com maior potencial de crescimento.