A Caixa Seguridade (CXSE3) segue no radar dos investidores com perspectiva robusta de distribuição de proventos, de acordo com relatório da XP divulgado nesta segunda-feira (3).
A corretora reiterou recomendação de compra e apontou potencial relevante de valorização, mesmo após ajustar o preço-alvo. O pano de fundo combina execução comercial consistente e um ambiente setorial que favorece receitas recorrentes e margens resilientes.
Em meio ao ciclo de juros ainda elevados, a seguradora mostrou resiliência no seguro prestamista e acelerou em frentes complementares.
Linhas como seguros residencial e habitacional, além de produtos de acumulação, mantêm trajetória de expansão e ajudam a diluir pressões de curto prazo. Esse movimento reforça a capacidade de manter distribuição de dividendos em patamar atrativo.
Por que a XP vê um cenário tão construtivo para a Caixa Seguridade? O crédito imobiliário deve sustentar o ritmo em 2025, com crescimento de dois dígitos no setor.
A controladora Caixa Econômica Federal já reportou alta de 12% no primeiro semestre, acima das estimativas de 7,5% a 11,5%, indicando pipeline sólido para originação e venda de apólices atreladas à habitação.
Outro vetor positivo vem da mudança no IOF sobre contribuições previdenciárias acima de R$ 500 mil anuais. A regra vigente desde 2025 estabeleceu limitação temporária de R$ 300 mil por seguradora, o que tem redirecionado aportes adicionais para a companhia. Esse ajuste regulatório favorece captação, melhora o mix e sustenta a oferta de produtos com maior potencial de margem ao longo do tempo.
Qual o potencial de valorização dos papéis? A XP fixou preço-alvo de R$ 20 para o fim de 2026, implicando alta de 33,4% frente ao nível atual, versus R$ 21 anteriormente.
O valuation usa DDM, com taxa livre de risco de 9,8%, crescimento de longo prazo de 6% e custo de capital próprio de 13,9%. Cerca de metade do valor vem da perpetuidade, sinalizando expectativa de continuidade dos dividendos em níveis elevados.
Em síntese, a Caixa Seguridade combina execução operacional, alavancas regulatórias e ciclo de crédito favorável. Com geração de caixa recorrente e política de distribuição consistente, o case segue apoiado por múltiplos atraentes e visibilidade de retorno aos acionistas.
