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CBAV3: Empresa “salta” na Bolsa com rumor de oferta bilionária; entenda

CBAV3: Empresa "salta" na Bolsa com rumor de oferta bilionária

CBAV3: Empresa "salta" na Bolsa com rumor de oferta bilionária

CBAV3 salta mais de 10% nesta terça-feira (8), com as ações da Companhia Brasileira de Alumínio atingindo R$ 4,48 em meio a rumores de aquisição pela Emirates Global Aluminium (EGA). O interesse, ventilado por Reuters e Valor, envolve estudo conduzido pelo Morgan Stanley e reacende expectativas sobre o futuro do ativo, que vem de dois anos de prejuízos e carrega alavancagem próxima a três vezes o Ebitda. O movimento ocorre em um contexto de reprecificação do setor e busca por consolidação.

No radar de potenciais compradores, a EGA desponta como favorita, enquanto a chinesa Chinalco também avalia a transação, estimada em cerca de R$ 7 bilhões. Alcoa e Rio Tinto teriam desistido após análises preliminares. A possibilidade de troca de controle anima parte do mercado pela chance de aporte de capital e ganhos de eficiência. A leitura é de que um controlador com fôlego financeiro pode acelerar projetos atrasados.

Às 15h30, os papéis acumulavam alta de 10,07%, com volume acima da média recente, reforçando a percepção de fluxo comprador consistente. No pregão anterior, a ação já havia avançado quase 10% com a difusão dos rumores. Uma fonte próxima às conversas descreveu a CBA como “ativo completo, com integração total e acesso próprio à bauxita”, atributo visto como diferencial competitivo no ciclo do alumínio. Esse perfil integrado tende a atrair players globais.

A controladora Votorantim, dona de 69% da CBA, vem redesenhando seu portfólio para reduzir exposição a commodities e priorizar energia e finanças. A estratégia inclui desinvestimentos, como a venda de operações de cimento no Norte da África, e avaliação de alternativas para destravar valor em ativos industriais. Esse reposicionamento abre janela para movimentos societários na CBA.

A XP destaca que uma mudança de controle pode ser catalisadora para o Projeto Rondon, mina de bauxita no Maranhão e Pará com capex estimado em R$ 2,5 bilhões. Um novo investidor estratégico poderia viabilizar financiamento, otimizar a cadeia e elevar a competitividade operacional. A execução desse projeto é vista como peça-chave para o crescimento sustentável.

Em síntese, o rali de CBAV3 reflete a combinação de apetite de compradores estratégicos, tese de reestruturação e busca por ativos integrados no alumínio. A confirmação de oferta, preço e condições permanece como principal gatilho de curto prazo, enquanto a desalavancagem e a entrega de projetos seguem no foco.

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