A Cury protocolou pedido de registro na CVM para oferta pública primária de ações nesta quinta-feira (4), contemplando a emissão de novos papéis ordinários para investidores no Brasil e no exterior.
A operação busca fortalecer a estrutura de capital e atender à demanda de investidores institucionais, mantendo o compromisso de governança e transparência. Com base no fechamento de quarta-feira (3), o valor indicativo da oferta chega a R$ 600 milhões, sujeito ao processo de bookbuilding.
A incorporadora pretende emitir 16.172.506 ações destinadas exclusivamente a investidores profissionais, em linha com a Resolução CVM 160. Os acionistas atuais terão direito de preferência proporcional na subscrição, preservando sua participação e mitigando diluição. O preço por ação será definido via coleta de intenções de investimento de investidores brasileiros e estrangeiros, respeitando regras locais e internacionais.
Os recursos líquidos serão direcionados, majoritariamente, ao pagamento de dividendos intermediários e intercalares de até R$ 573 milhões, reforçando a política de retorno ao acionista. O pagamento dependerá de aprovação do conselho após a definição do preço de emissão, observando as condições de mercado. A data de corte para direito aos dividendos será o encerramento da liquidação, previsto para 16 de dezembro.
A companhia antecipa concluir o pagamento dos proventos até 31 de dezembro de 2025, alinhando o cronograma financeiro às melhores práticas de gestão. As novas ações emitidas terão direitos idênticos aos papéis existentes, incluindo voto e tag along, garantindo isonomia entre os investidores. A negociação dos novos papéis deve começar em 15 de dezembro, conforme cronograma da oferta.
A oferta será coordenada por Itaú BBA, BTG Pactual, Bank of America e Caixa, sem lotes adicionais, o que indica disciplina na alocação e foco na execução eficiente. No exterior, a colocação será direcionada a investidores institucionais qualificados, sem registro nos Estados Unidos, respeitando as restrições regulatórias aplicáveis.
Sob regime de garantia firme, a liquidação está prevista para 16 de dezembro. Caso não haja demanda suficiente, a oferta será cancelada, não sendo permitida a distribuição parcial. Com isso, a Cury reforça sua estratégia de capital, combinando expansão e retorno aos acionistas em um mercado seletivo.
