
O VRTM11 anunciou o pagamento de dividendos de R$ 0,09 por cota referentes a setembro, com crédito previsto para 15 de outubro. O valor corresponde a um dividend yield mensal de 1,29% considerando o preço de fechamento do último dia útil do mês. A data-base para ter direito ao recebimento foi 30 de setembro, conforme comunicado ao mercado pela gestora Fator.
Em termos de desempenho, o rendimento de 1,29% reflete a remuneração sobre a cotação do final de setembro, mantendo a estratégia de distribuição consistente do fundo. Para o investidor pessoa física, vale lembrar que os rendimentos de FIIs são isentos de Imposto de Renda, reforçando a atratividade dos proventos no curto prazo.
A origem dos dividendos está atrelada aos resultados operacionais de setembro, ainda sem detalhamento completo pela gestora. A expectativa é que o próximo relatório traga a decomposição por estratégias, incluindo alocação em FIIs, crédito e real estate direto, permitindo avaliar a sustentabilidade das distribuições.
Em agosto, o fundo multiestratégia executou um giro relevante de portfólio, com vendas de R$ 10,8 milhões em FIIs. Houve redução em BRCO11, ZAGH11, OULG11, KNSC11 e MCCI11, além da alienação integral de JSRE11 e OUJP11. Essas movimentações indicam reposicionamento tático e busca por eficiência de caixa e risco.
Na frente imobiliária direta, o VRTM11 adquiriu oito unidades na planta do Daxo Rhodes (SC) por R$ 10,6 milhões. Além disso, liberou R$ 1,5 milhão para sete empreendimentos em construção e recomprou 12 unidades em diferentes projetos, somando R$ 5,7 milhões. Esses movimentos reforçam a tese de originação e reciclagem de capital do fundo.
No projeto Alpha Houses I, iniciou-se a escrituração de três unidades em Barueri devido à inadimplência contratual. O investimento foi de R$ 1,93 milhão, com custo final de R$ 810 mil por unidade. A gestora estima valor de mercado acima de R$ 1,1 milhão cada, indicando potencial de recuperação de valor ao longo do ciclo.
Em síntese, os dividendos de setembro refletem a operação corrente e o reposicionamento recente do portfólio. Para frente, a materialização das vendas e a evolução das obras serão determinantes para a manutenção do patamar de rendimentos.