O SNAG11, fundo de investimento em agronegócio da Suno Asset, encerrou setembro com carteira 100% adimplente, sem registros de atrasos, reforçando a qualidade de crédito do portfólio.
O relatório gerencial divulgado nesta semana destacou a manutenção da estratégia de perfil high grade e a pulverização entre mais de 260 devedores, reduzindo riscos concentrados e ampliando a resiliência da carteira.
A robustez dos ativos se reflete nos resultados do período: o fundo reportou receitas de R$ 8,193 milhões frente a despesas de R$ 488,77 mil, preservando margens sólidas.
Em setembro, foram distribuídos R$ 7,288 milhões em proventos, equivalentes a R$ 0,12 por cota, o que representa dividend yield anualizado de 16,18%.
Esse patamar foi definido como referência para os próximos meses, apoiado pela elevação da Selic e pelo nível de reservas.
Com patrimônio líquido de R$ 620 milhões, o SNAG11 mantém foco em operações de financiamento rural com garantias robustas e prazos compatíveis ao ciclo agrícola.
A combinação de CDI como indexador e spread médio de 3,69% contribui para estabilidade de renda, mesmo em cenários de volatilidade.
Resultados e distribuição de rendimentos do SNAG11
A Suno Asset sinalizou a intenção de preservar previsibilidade, ajustando o fluxo de proventos às condições de mercado e à liquidez do fundo.
A política de distribuição busca equilibrar retorno ao cotista e conservação de colchão de reservas, mitigando impactos sazonais típicos do agronegócio.
O fundo atingiu recorde histórico ajustado por dividendos nesta semana, em parte impulsionado pela valorização global da soja.
A commodity alcançou US$ 1.100 por tonelada na bolsa de Chicago, o maior nível em 12 meses, o que tende a favorecer produtores e, indiretamente, a qualidade de crédito das operações financiadas.
A gestão avaliou o plantio e o clima para a próxima temporada. Mesmo com possibilidade de La Niña, as chuvas estão consolidadas nas regiões centrais do país, cenário considerado positivo para o avanço da safra.
Segundo a Conab, a produção brasileira pode atingir 354,7 milhões de toneladas em 2025/26, alta de 0,8%, com expansão de 3,3% na área plantada, totalizando 84,4 milhões de hectares.
Para a soja, a área deve alcançar 49,1 milhões de hectares, reforçando a relevância da cultura para a cadeia de financiamento. Assim, o SNAG11 segue atento aos indicadores de produtividade, preços e clima para sustentar a performance e manter o risco sob controle.
