O SNAG11, fundo imobiliário agrícola da Suno Asset, registrou forte avanço de liquidez em setembro, com volume financeiro de R$ 45,599 milhões, alta de 114,7% em relação a agosto. A média diária negociada foi de R$ 2,073 milhões, crescimento de 104,9% no período. O movimento coincidiu com o aumento dos proventos mensais de R$ 0,11 para R$ 0,12 por cota, reforçando o interesse dos investidores pelo papel.
O resultado líquido de agosto somou R$ 10,867 milhões, montante suficiente para sustentar os dividendos do SNAG11 maiores e ainda elevar as reservas não distribuídas para R$ 0,091 por cota. Segundo a gestora, o reajuste reflete o ambiente de Selic elevada e a posição confortável de caixa, o que dá previsibilidade para a manutenção de um patamar atrativo de rendimentos.
Na composição da carteira, o fundo mantém foco em instrumentos de crédito, que respondem por cerca de 85% dos recursos. O destaque é o CRA Boa Safra, que representa mais de 52% do portfólio mesmo após a venda de R$ 11,7 milhões em papéis. O patrimônio líquido totaliza R$ 626,6 milhões, equivalente a R$ 10,32 por cota, sinalizando escala relevante no segmento agro.
Investidores que mantiveram posição até 15 de setembro receberam os proventos em 25 de setembro, obtendo dividend yield anualizado de 16,04%. Esse mesmo dia marcou o recorde de liquidez no ano para o SNAG11, com negociações que superaram R$ 7,5 milhões e consolidaram a percepção de maior atratividade do ativo.
Para a Suno Asset, a combinação de juros altos, carteira de crédito robusta e reservas reforçadas cria um cenário favorável para a continuidade dos pagamentos. A gestora afirmou que monitora oportunidades táticas, preservando a qualidade do risco e a diversificação setorial.
Em síntese, os dividendos do SNAG11 maiores atuaram como catalisador para a liquidez, enquanto o portfólio concentrado em CRAs, especialmente o Boa Safra, sustenta o rendimento. A manutenção de reservas e a disciplina na alocação são pontos centrais para o desempenho futuro do fundo no mercado secundário.