O MAXR11 registrou lucro líquido de R$ 85,383 mil em setembro, queda acentuada em relação aos R$ 270,715 mil apurados em agosto. A redução reflete menor resultado recorrente e maior pressão de despesas, ainda que a geração operacional permaneça positiva. Em outubro, os cotistas receberam R$ 0,31720417 por cota, o menor patamar em sete meses, sinalizando cautela da gestão diante do cenário atual do portfólio.
As propriedades para investimento responderam por R$ 197,847 mil em receitas, reforçando a relevância dos contratos de locação para a performance do fundo. Os rendimentos de aplicações financeiras somaram R$ 29,14 mil, contribuindo de forma complementar ao resultado. Do lado dos custos, os gastos operacionais atingiram R$ 101,9 mil no mês, comprimindo a margem e influenciando a distribuição de proventos do período.
H2: Desempenho e ocupação do MAXR11
No acumulado recente, o fundo busca reequilibrar ocupação e rentabilidade, com taxa de ocupação de 74,19% ao considerar áreas em comodato. A concentração geográfica das receitas segue elevada: Manaus representa 31,09%, Brasília 24,89% e Belém 13,79%, o que exige gestão ativa de risco para mitigar vacância e renegociações. A estratégia segue focada em preservar fluxo de caixa e preparar o terreno para retomada de distribuições mais robustas quando a ocupação evoluir.
A governança do MAXR11 passou por ajuste relevante após a Assembleia Geral Extraordinária deliberar pelo rompimento do contrato com o consultor. O encerramento formal dos vínculos redefine responsabilidades, enquanto administrador e consultor mantêm esforços para atrair novos inquilinos para áreas vagas e em comodato. A prioridade é acelerar a comercialização, alongar prazos e reduzir períodos de carência, preservando o perfil de risco.
Entre os desafios operacionais, o consultor apontou deficiências de manutenção em ativos ocupados pelas Lojas Americanas. No início de 2024, o administrador notificou a empresa para realização de reparos, medida voltada a proteger a integridade dos imóveis e a experiência dos ocupantes. A gestão segue monitorando a execução das correções e avaliando investimentos pontuais para manter a atratividade dos ativos.
Em síntese, o MAXR11 atravessa um ciclo de ajustes, refletido no menor dividendo e no recuo do lucro, mas com fundamentos operacionais sustentados pelas receitas de locação. A melhora da ocupação, a resolução das pendências de manutenção e a diversificação geográfica das receitas são vetores críticos para destravar valor e retomar um patamar de proventos mais consistente ao longo dos próximos meses.