O RBVA11 manteve os proventos mensais em R$ 0,09 por cota para outubro de 2025, repetindo o mesmo patamar observado desde novembro do ano passado. Com isso, o fundo preserva a previsibilidade de rendimentos, mesmo diante de oscilações nos resultados mensais e do ambiente macroeconômico. A decisão reforça a estabilidade na política de distribuição, alinhada ao perfil do portfólio e às estratégias de reciclagem de ativos.
Para quem tinha posição até 30 de setembro de 2025, o pagamento ocorrerá em 15 de outubro. Considerando a cotação de fechamento de setembro (R$ 9,27), o dividend yield mensal é de 0,97%. A constância no patamar de distribuição é um ponto de atenção para o investidor que busca renda, especialmente em ciclos de juros em queda.
Nos últimos 12 meses, o fundo distribuiu R$ 1,09 por cota, enquanto a média mensal dos últimos 24 meses foi de R$ 0,0955. Esses números indicam que a gestão tem priorizado consistência na entrega, mesmo com variações pontuais no lucro contábil e no resultado imobiliário. Esse histórico ajuda a calibrar expectativas de renda futura.
Como destaque operacional, o FII registrou em agosto lucro de R$ 10,205 milhões, abaixo dos R$ 12,495 milhões de julho. O resultado imobiliário somou R$ 14,312 milhões, porém receitas financeiras negativas de R$ 1,8 milhão e despesas de R$ 2,307 milhões comprimiram o resultado final. Esse cenário reforça a importância do controle de custos e da otimização do caixa.
A gestão segue com estratégia ativa de reciclagem de portfólio. O fundo imobiliário RBVA11 negocia a venda de cinco imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro, com um dos ativos em processo de incorporação, aproveitando alterações no zoneamento urbano. Em 2024, essa abordagem já rendeu frutos com a venda do imóvel da Rua Haddock Lobo por quase R$ 70 mil por metro quadrado após mudança de zoneamento.
As negociações atuais podem somar até R$ 114 milhões em alienações, com lucro potencial de R$ 19,9 milhões. Se concluídas, essas transações tendem a fortalecer a geração de caixa, reduzir vacância e apoiar a manutenção dos atuais patamares de proventos do RBVA11, criando espaço para eventuais ajustes positivos no médio prazo.
