O fundo imobiliário BRCO11 reportou lucro caixa de R$ 15,099 milhões em outubro de 2025, uma alta de 12,2% frente a setembro. O avanço refletiu receita total de R$ 16,933 milhões, contrastando com despesas de R$ 1,834 milhão, resultando em maior eficiência operacional no mês. A gestão manteve foco em estabilidade de caixa e preservação de portfólio de alta qualidade, o que se refletiu na previsibilidade dos resultados.
A performance financeira foi favorecida pelo pagamento antecipado da locação do imóvel Bresco Itupeva pela WestRock, realizado em agosto de 2025. Esse efeito impulsionou a receita recorrente de outubro, ajudando o BRCO11 a apresentar resiliência diante das oscilações de vacância. Por outro lado, as despesas avançaram em razão dos custos de manutenção e IPTU associados às unidades vagas.
A distribuição de proventos foi anunciada em R$ 0,87 por cota, equivalente a um dividend yield anualizado de 8,9%. O montante corresponde a 91,6% do lucro caixa mensal e 87,3% do semestre, equilibrando retorno ao cotista e retenção estratégica. Como reforço de caixa, o lucro não distribuído acumula R$ 27,3 milhões, ou R$ 1,72 por cota, oferecendo margem para suavização de proventos futuros.
O portfólio soma 12 propriedades com 472 mil m² de área bruta locável e potencial de expansão de 7%. A receita anual estabilizada ultrapassa R$ 159 milhões, com 63% dos ativos posicionados em operações “last mile” e 30% localizados em raio de 25 km de São Paulo. Essa exposição é um diferencial competitivo em logística urbana.
A qualidade dos ativos e dos inquilinos é um ponto forte. Mais de 86% dos locatários possuem grau de investimento, com ratings AAA ou AA, e 11 das 12 propriedades são padrão A+, reforçando padrão construtivo e liquidez de locação. Além disso, 38% dos contratos são atípicos, aumentando a previsibilidade de receitas.
A vacância física está em 7,7%, com prazo médio remanescente dos contratos de 4,8 anos. Esse indicador, aliado ao perfil atípico dos contratos e à exposição “last mile”, contribui para estabilidade. O BRCO11 indica continuidade na disciplina de capital e foco na ocupação de Embu e Canoas para reduzir despesas e preservar o fluxo de caixa.
