
O fundo imobiliário BTAL11 encerrou agosto de 2025 com uma receita bruta de R$ 9,5 milhões, equivalente a R$ 1,59 por cota. O resultado líquido, após despesas, atingiu R$ 9,1 milhões (R$ 1,51 por cota), mais que o dobro do valor registrado em julho, que foi de R$ 4,412 milhões.
Este desempenho foi impulsionado pela contributiva participação da SPE Serpasa, que adicionou R$ 2,7 milhões ao total via dividendos, fortalecendo a receita do fundo.
Receitas, distribuição de dividendos e rentabilidade do BTAL11
Durante o mês, o FII BTAL11 distribuiu R$ 0,95 por cota aos seus investidores. Essa distribuição representa um dividend yield anualizado de 14,71%, considerando a cotação de mercado do fim de agosto, além de representar 10,08% sobre o valor patrimonial do fundo.
Os proventos estão programados para serem pagos em 24 de setembro de 2025. O fundo encerrou agosto com um caixa superior a R$ 141 milhões, mantendo uma carteira totalmente adimplente.
O Fundo imobiliário também realiza a venda da SPE Santo Antônio, operação que visa reforçar a liquidez, facilitar novas aquisições e otimizar sua estratégia de investimentos.
Em linha com esse objetivo, houve ainda o resgate antecipado da 233ª série da primeira emissão da HABITASEC Securitizadora, em comum acordo com a Andali, buscando readequar a precificação do portfólio devido ao cenário de juros elevados e priorizar ativos com maior potencial de geração de resultados.
Atualizações macroeconômicas e impacto no setor
Em agosto, o ambiente macroeconômico trouxe um IPCA negativo de -0,11%, após alta de 0,26% em julho. No acumulado de 12 meses, a inflação permanece acima do teto da meta, atingindo 5,13%.
Entre os setores que influenciaram a variação do índice, destaca-se o grupo Habitação, com queda de 0,90%, devido à redução nas tarifas de energia elétrica, enquanto Alimentação e Bebidas recuaram 0,46%.
Variações positivas ocorreram nos setores de Vestuário, com alta de 0,72%, e Educação, que avançou 0,48%.
Perfil e estratégia do fundo imobiliário BTAL11
O BTAL11 busca, no longo prazo, valorizar suas cotas por meio da construção e aquisição de imóveis logísticos voltados ao agronegócio, em regiões com déficit de armazenagem próximas às principais rotas de transporte do país.
Seus principais ativos incluem terminais de transbordo intermodal (22% da receita contratada), centros de recebimento de grãos (17%), armazéns graneleiros (15%) e certificados de recebíveis imobiliários (16%). Além disso, há armazéns refrigerados (11%), terminais portuários (10%) e complexos industriais de sementes (9%).
A carteira do fundo é composta por contratos atípicos, que oferecem maior estabilidade nos fluxos de caixa, todos indexados ao IPCA em 100% dos casos.
Os locatários são majoritariamente operadores logísticos (38%), seguidos por revendas de insumos (26%), empresas de açúcar e álcool (21%) e indústrias de etanol de milho (15%), refletindo a diversificação e o foco no segmento de logística para o agronegócio.