O GARE11 concluiu a venda de um portfólio de 10 imóveis por R$ 485,5 milhões, em uma das maiores operações desde a criação do fundo.
A transação, divulgada em fato relevante pela Guardian, envolveu 4 lojas do GPA e 6 unidades do Grupo Mateus, reforçando a estratégia de reciclagem de ativos e otimização da estrutura financeira do fundo. O movimento também gerou efeitos positivos sobre a geração de caixa e a estrutura de capital do veículo.
Nos resultados imediatos, o fundo registrou lucro bruto de R$ 145 milhões, refletindo a diferença entre o preço de venda e o custo contábil dos imóveis.
Além disso, o valor patrimonial do GARE11 aumentou em R$ 68,5 milhões, o que representa um acréscimo aproximado de R$ 0,31 por cota. Esse impacto patrimonial sinaliza eficiência na alocação e no desinvestimento de ativos maduros.
Com a operação, a alavancagem foi significativamente reduzida, por meio da amortização antecipada de R$ 356 milhões em CRIs lastreados nos imóveis vendidos. Somado aos recursos provenientes da 7ª emissão, o fundo passou a operar com alavancagem líquida negativa, fortalecendo sua posição para novas aquisições e reduzindo o risco financeiro.
O XPRI, fundo da XP Asset negociado em balcão, foi o comprador do portfólio. Em paralelo, o GARE11 adquiriu integralmente as cotas subordinadas do XPRI, estrutura que permite capturar ganhos adicionais conforme a performance dos ativos ao longo do tempo.
O pagamento da operação será realizado de forma parcelada, em prazos variando entre 24 e 60 meses, favorecendo previsibilidade de recebíveis.
A gestora já iniciou o redirecionamento do capital. Na 7ª emissão, o fundo captou R$ 684 milhões e executou a compra de dois imóveis da Desco Atacado no Rio Grande do Sul, por R$ 32,3 milhões. Esses investimentos reforçam a tese focada em varejo alimentar e contratos de longo prazo, com locatários de perfil resiliente.
Como próximos passos, o GARE11 aguarda a conclusão das aquisições em curso para converter os recibos em cotas definitivas na B3, etapa que tende a consolidar o novo patamar de alocação e distribuição de rendimentos. A estrutura com cotas subordinadas no XPRI deverá contribuir para retornos adicionais, enquanto a menor alavancagem amplia a flexibilidade estratégica.