O MXRF11 reportou lucro de R$ 42,835 milhões em agosto, ligeiramente abaixo dos R$ 43,653 milhões de julho. O fundo segue como o maior do país em número de investidores, superando 1,3 milhão de cotistas, conforme dados da B3. A gestão destacou que a performance permaneceu sólida mesmo em um cenário de juros elevados, preservando a previsibilidade dos fluxos.
No mês, a receita total alcançou R$ 46 milhões, enquanto as despesas somaram R$ 3,164 milhões. Esse balanço reforça a eficiência operacional e o controle de custos do veículo. O fundo mantém foco em crédito imobiliário com lastros robustos, priorizando estruturas e garantias de alta qualidade. Com isso, sustenta um nível de distribuição consistente e aderente ao seu mandato.
Os segmentos que mais contribuíram para o caixa foram os CRIs, com R$ 33,984 milhões, seguidos pelo portfólio de FIIs, com R$ 5,149 milhões, e pelas permutas financeiras, que adicionaram R$ 5,9 milhões. A diversificação entre crédito, fundos listados e operações de permuta oferece equilíbrio entre retorno e liquidez, além de reduzir a volatilidade do resultado.
O rendimento do MXRF11 foi de R$ 0,10 por cota em agosto, com pagamento em 12 de setembro aos investidores posicionados em 29 de agosto. Considerando a cotação de R$ 9,62, os dividendos do MXRF11 corresponderam a 89,29% do CDI líquido de impostos. A manutenção do patamar reforça a aderência do fundo à estratégia de distribuição recorrente e previsível.
A carteira segue concentrada em crédito imobiliário: cerca de 80% do patrimônio líquido está alocado em CRIs de alta qualidade. Até 20% pode ser direcionado a permutas financeiras, que apresentam retornos próximos de INCC + 13% ao ano, oferecendo potencial de ganho real acima da inflação do setor. Essa composição busca mitigar riscos de inadimplência e preservar o poder de compra dos rendimentos.
Houve movimentos pontuais ao longo do mês. A gestão adquiriu dois CRIs no mercado primário e executou vendas parciais e totais para otimização do portfólio. No segmento de permutas, não ocorreram novos aportes, enquanto o book de FIIs permaneceu sem movimentações relevantes, mantendo a disciplina alocativa e o foco em créditos de melhor relação risco-retorno.
