O SNCI11 apresentou resultados financeiros consistentes em junho, alcançando um resultado final de R$ 5,176 milhões. As receitas distribuíveis nesse período somaram R$ 4,52 milhões, consolidando a manutenção das projeções de dividendos entre R$ 1,00 e R$ 1,10 por cota para o terceiro trimestre, mesma faixa já prevista para o segundo trimestre.
Essa estabilidade reflete a postura conservadora da gestão, que prioriza manter uma maior reserva de recursos em caixa, como forma de se proteger contra eventuais riscos de mercado.
Segundo avaliações do fundo SNCI11, essa estratégia está alinhada às expectativas de desaceleração do IPCA no segundo semestre, além de atuar como uma reserva de oportunidade para futuras aquisições.
Como consequência, a distribuição de R$ 1,00 por cota foi confirmada, com o fundo encerrando junho com um resultado acumulado de R$ 0,23 por cota após a distribuição. A rentabilidade patrimonial ajustada do mês foi de 0,95%, elevando o valor patrimonial da cota para R$ 98,18.
A performance do FII SNCI11 no acumulado do ano também chamou atenção do mercado. Apesar de uma correção de 0,95% em junho, o fundo mantém uma rentabilidade de 11,23%. Essa taxa fica abaixo do índice Ibovespa (11,79%), mas supera outros indicadores relevantes, como o CDI (6,41%) e o IPCA + 7% (6,42%).
A retração mensal, que levou a cotação de mercado a R$ 88,62, foi interpretada pela gestão como uma correção natural após ganhos expressivos entre fevereiro e maio, quando o fundo valorizou 17,47%.
A liquidez do fundo imobiliário SNCI11 também atingiu patamares superiores em 2025, com volume médio diário negociado de aproximadamente R$ 493 mil, o maior da carteira no ano até o momento.
Movimentações na carteira do SNCI11
A equipe de gestão realizou aquisições relevantes de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), totalizando R$ 8,9 milhões em novas alocações. Entre elas, destacam-se:
- R$ 1,5 milhão no CRI Bit Série 3, com retorno de CDI + 5,50%;
- R$ 4,8 milhões no CRI GS Souto, adquirido com deságio, oferecendo IPCA + 12,10% (com curva estimada a IPCA + 11,00%);
- R$ 2,6 milhões no CRI Astir, também com deságio, proporcionando IPCA + 12,15% (com curva a IPCA + 10,50%).
Durante o período, nenhuma venda de ativos foi registrada. Com essas movimentações, o fundo encerrou junho com aproximadamente R$ 8 milhões em caixa e uma alavancagem líquida de 16,92% do patrimônio líquido.
Essa alavancagem do SNCI11 reflete a combinação de compras de CRIs e esforços em recomprar posições financiadas por operações compromissadas, estratégia que visa equilibrar rentabilidade e risco de crédito.