O SNEL11, fundo imobiliário voltado para o setor de energia renovável, atingiu recentemente a marca de 45 mil cotistas, de acordo com informações divulgadas pela administradora. Este crescimento evidencia a crescente adesão de investidores ao mercado de energias limpas, que vem se consolidando como uma alternativa rentável e sustentável.
Com a expansão do interesse, a sustentabilidade se torna um fator chave, especialmente considerando o cenário global. Em março, a Agência Internacional de Energia (IEA) publicou estudo apontando que as fontes renováveis devem superar o carvão como a principal fonte de energia mundial até o final de 2026. A previsão é de que isso ocorra ainda este ano, dependendo das condições climáticas e da variação nos preços de combustíveis.
Incentivos e potencial de crescimento do setor de energia renovável
Na última sexta-feira (19), o governo federal publicou uma medida provisória (MP) que busca estimular investimentos em data centers por meio de incentivos fiscais, com a exigência do uso de energia renovável para garantir o funcionamento dos empreendimentos sem afetar o abastecimento de energia para o público. Essa estratégia reforça o movimento de crescimento do setor de infraestrutura de energia limpa no Brasil.
O SNEL11 possui participação em 17 usinas fotovoltaicas, entre projetos construídos pelo fundo e ativos adquiridos em operação. No mês de julho, esse portfólio registrou uma produção recorde de 4.984 MWh e uma receita de R$ 1,681 milhão.
Esses resultados contribuíram para a manutenção dos dividendos em R$ 0,10 por cota, pelo 15º mês consecutivo, com um dividend yield anualizado superior a 14%, isento de tributação. A busca por esses rendimentos impulsionou o fundo a registrar uma liquidez diária recorde de R$ 4,7 milhões no dia 15, data em que a lista de beneficiários foi fechada.
Perspectivas e estratégias do SNEL11
De acordo com a Suno Asset, investir em energia renovável deixou de ser apenas uma estratégia de valores de sustentabilidade e passou a ser uma opção de rentabilidade. A gestão do fundo aponta que há potencial de expansão na receita imobiliária, visto que algumas usinas ainda não estão conectadas à rede elétrica ou buscam firmar seus primeiros contratos de locação.
A adoção pela Aneel da bandeira tarifária vermelha devido à queda nas chuvas deve aumentar a rentabilidade do SNEL11, embora o efeito não seja imediato, pois o mercado de energia apresenta um atraso de alguns meses entre as locações e o recebimento efetivo dos recursos pelo fundo.
Com dividendos constantes e uma comunicação transparente, a Suno Asset reafirma sua confiança na tese de investimento no fundo, considerando o crescimento contínuo do setor e a expansão da base de investidores como fatores que consolidam o SNEL11 como uma opção de destaque no mercado de fundos imobiliários ligados a energia renovável.