
O fundo imobiliário SNEL11, gerido pela Suno Asset e dedicado a projetos de energia renovável, apresentou resultados positivos em agosto, reforçando seu desempenho no setor de energia limpa. Os números mais recentes indicam crescimento na produção de energia e na receita imobiliária, consolidando a estratégia do fundo neste segmento.
O relatório gerencial divulgado pela gestora na última quinta-feira (25) revela que as receitas de locação atingiram R$ 1,846 milhão no período, um incremento de 9,8% em relação aos R$ 1,681 milhão registrados em julho.
Como consequência, o SNEL11 manteve a distribuição de dividendos de R$ 0,10 por cota pelo 15º mês consecutivo, parcela que foi paga nesta semana. Além disso, a administração do fundo mantém uma reserva de R$ 0,111 por cota destinada a futuras distribuições, reforçando a política de dividendos.
Desempenho operacional e geração de energia
No campo operacional, as usinas do portfólio do SNEL11 tiveram uma produção recorde, atingindo 5.920 MWh em agosto — um crescimento de 8,48% em comparação aos 5.457 MWh de julho. O índice de produtividade subiu de 125,9 para 136,6 MWh/MWp, aumento de 8,5%, refletindo melhor eficiência na geração de energia.
O portfólio do fundo compreende 17 usinas fotovoltaicas, incluindo ativos próprios e projetos adquiridos em operação, com um patrimônio líquido de R$ 319 milhões, equivalente a R$ 8,15 por cota.
Entre os destaques operacionais, a Suno Asset destacou a capacidade dos consumidores do projeto Mundo Melhor, em Planaltina (GO), que já representam cerca de 27% da geração mensal estimada.
Apesar da expectativa de receita ainda não registrada, a companhia projeta que a primeira receita de locação será contabilizada em setembro. O ativo possui uma capacidade instalada de 7 MWp e responde por aproximadamente 11% da carteira do fundo.
Em São Paulo, o projeto de Pirassununga deve ter reajuste no valor do aluguel devido ao recente aumento tarifário da concessionária regional.
No Ceará, a unidade Amontada 2 enfrentou uma redução na produtividade devido ao furto de cabos de baixa tensão em agosto, mas recuperou-se parcialmente após aquisição de novos cabos, ao custo de R$ 24,5 mil. Apesar disso, o empreendimento mantém uma taxa de ocupação superior a 97% e geração de caixa consistente, com NOI acima de R$ 70 mil.
Crescimento da base de investidores e perspectiva de mercado
O SNEL11 atingiu recentemente 45 mil cotistas, marca histórica desde sua criação. O fundo também registrou recorde de liquidez, com volume negociado superior a R$ 4,5 milhões em uma sessão na primeira quinzena de agosto.
Esses indicadores demonstram o aumento da confiança dos investidores no setor de energia renovável, reconhecido pela crescente demanda por fontes de energia sustentáveis.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), as fontes renováveis devem superar o carvão como principal matriz energética mundial até o final de 2026, com possibilidade de essa transição ocorrer ainda em 2024, dependendo de fatores climáticos e de preços de combustíveis.
Diante de resultados sólidos, dividendos constantes e um setor em expansão, a Suno Asset reafirma sua confiança na estratégia de investimentos do SNEL11, destacando o fundo como uma alternativa atrativa para investidores que buscam rentabilidade aliada à sustentabilidade.