O fundo imobiliário SNEL11 atingiu um novo recorde de geração de energia fotovoltaica em julho, com 4.984 MWh produzidos pelo seu portfólio, consolidando-se como uma das principais referências no mercado de energia renovável no Brasil.
A autoridade na gestão do ativo, Suno Asset, divulgou esses dados em seu relatório gerencial do mês, destacando a eficiência do fundo na produção de energia solar.
Desempenho e Eficiência do Portfólio do SNEL11
Segundo o documento, a medição do indicador MWh/MWp — que avalia a eficiência média da geração de energia em relação à capacidade instalada — atingiu 115,0. Embora seja o melhor desempenho dos últimos três meses, o resultado ainda está abaixo da média registrada no primeiro semestre deste ano.
A redução se atribui ao começo operacional da usina Mundo Melhor, que atualmente se encontra na fase de ramp-up, onde ajustes técnicos, estabilização de equipamentos e testes de confiabilidade são feitos para alcançar o desempenho esperado.
A Suno Asset explica que ativos ainda em fase de fechamento ou não operacionais foram excluídos do cálculo para garantir maior precisão no indicador técnico. Atualmente, o portfólio do SNEL11 conta com 17 usinas fotovoltaicas, tendo incorporado novos ativos adquiridos na última emissão de cotas, com recursos da terceira rodada de captação.
Problemas pontuais também influenciaram o resultado, especialmente a queima do transformador na unidade San Remo, que precisou operar com equipamento alugado para manter a geração de energia. Apesar dessas despesas adicionais, a gestora destaca que o ativo mantém uma geração de caixa operacional robusta, sendo considerado o mais eficiente em termos de resultado operacional.
Impacto das Bandeiras Tarifárias na Receita do SNEL11
A gestão reforça que a aplicação de bandeiras tarifárias mais rigorosas deve elevar o resultado operacional, especialmente diante do atual cenário de seca severa. Com a bandeira vermelha vigente até setembro, a energia consumida terá custos adicionais, refletindo na tarifa de energia. Apesar do efeito no curto prazo, há um atraso de até três meses até que essa receita extra seja percebida pelo fundo, devido ao período de liquidação.
Nessa conjuntura, o SNEL11 surge como uma alternativa de proteção para investidores, pois gera energia mesmo em períodos de escassez de chuva, podendo atuar como uma fonte de receita em cenários adversos ao sistema elétrico convencional.
O relatório mostra que o fundo atingiu a marca de 35 mil cotistas em julho, com crescimento para mais de 40 mil até o final de agosto. Segundo a Suno Asset, esse avanço indica a confiança do mercado na estratégia de gestão, na solidez dos ativos e na geração de valor para os investidores.
O desempenho financeiro do FII SNEL11 permaneceu estável, com receitas de locação de R$ 1,681 milhão e distribuição de dividendos de R$ 0,10 por cota, realizados em 25 de agosto, valor que vem sendo mantido há 15 meses consecutivos. A próxima Data de Com (Data de Comunicação aos cotistas) ocorre em 15 de setembro, com um dividend yield anualizado de 15,22%. Além disso, o fundo possui uma reserva não distribuída de R$ 0,018 por cota.
A Suno Asset reafirma seu compromisso com transparência, gestão responsável e performance consistente, consolidando o SNEL11 como uma opção atrativa no segmento de energia renovável, reforçando sua posição de destaque no mercado de fundos imobiliários voltados para o setor de energia limpa.