O VPPR11 enfrentou mudanças na carteira de imóveis e no cenário de dividendos, após anunciar duas novas locações em Alphaville. O fundo, que atua na gestão de lajes corporativas e não paga dividendos desde janeiro, busca consolidar sua operação com novas receitas provenientes dos contratos em andamento.
Seguindo suas estratégias de manutenção de ativos, o FII VPPR11 firmou contratos de locação com empresas do setor de jogos e entretenimento online em um dos imóveis mais relevantes de seu portfólio, o edifício Evolution.
Um dos contratos contempla toda a ocupação do 18º andar, com área de 1.734 metros quadrados, por um período de 36 meses, com valor mensal de R$ 130.074,75. Após o período de carência, essa receita impactará aproximadamente R$ 0,02 por cota no resultado do fundo.
O segundo contrato envolve a locação de duas unidades no 15º andar, totalizando 872 metros quadrados, ao valor de R$ 43.602,00 mensais. Com duração semelhante de 36 meses, essa locação gera uma projeção de impacto de cerca de R$ 0,006 por cota, contribuindo para a redução da vacância do ativo.
Com essas negociações, a ocupação física do edifício Evolution cai para 44,4%, enquanto a vacância total do VPPR11 diminui de 34,6% para 29,7%, conforme informações da gestora V2.
A empresa, no entanto, não especificou uma previsão para retorno ao pagamento de dividendos, que permanece um ponto de atenção para investidores.
Situação dos dividendos do VPPR11
O último pagamento de dividendos do VPPR11 houve em 15 de janeiro, no valor de R$ 0,07 por cota, quando o fundo ainda era gerido pela XP Asset sob o ticker XPPR11. A principal movimentação recente ocorreu em janeiro, com a venda do ativo Faria Lima Plaza, do qual o fundo Detinha 40%, para o CPOF11, após processos que duraram meses.
Essa operação envolve parcelas a receber que totalizam aproximadamente R$ 79,5 milhões, com vencimentos em 2025 e 2026, corrigidas pelo IPCA ou sem correção, dependendo do caso.
Desde a saída da XP Asset em fevereiro, a gestão do fundo passou a ser conduzida pela V2 Investimentos, após aprovação em assembleia geral extraordinária (AGE).
Atualmente, o patrimônio líquido do fundo imobiliário VPPR11 está avaliado em cerca de R$ 297,4 milhões, ou R$ 40,55 por cota, com uma dívida líquida de R$ 200 milhões, segundo relatório recente da gestora.
O portfólio do fundo inclui dois imóveis principais, o Evolution e o iTower, em Alphaville, totalizando aproximadamente 52,9 mil metros quadrados de área locável. Apesar da redução da vacância, o resultado financeiro do semestre acumulou prejuízo líquido de R$ 86,8 milhões, equivalente a R$ 11,86 por cota.
Diante do cenário, a administração reforça que está empenhada em reduzir a vacância e reestabelecer a trajetória de resultados positivos, embora o pagamento de dividendos ainda não esteja definido.
Assim, investidores devem acompanhar as próximas movimentações do VPPR11 para entender melhor o impacto das novas locações na sua rentabilidade futura e na distribuição de dividendos.