O fundo imobiliário VRTM11 reportou um mês de outubro marcado por alocação ativa em imóveis diretos e continuidade da estratégia de redução da exposição em FIIs. No total, foram movimentados R$ 8,9 milhões entre aquisições e liberações para obras, enquanto o resultado contábil mensal somou R$ 4,18 milhões, com dividend yield de 1,29% — equivalente a 119% do CDI com “gross up” de 15%. A gestão reforça a disciplina na seleção de ativos e na reciclagem de portfólio, buscando otimizar risco e retorno.
O destaque ficou por conta da compra de seis unidades do Habitat Libertà, em Goiás, com investimento de R$ 4,2 milhões. Em paralelo, o fundo liberou R$ 4,7 milhões para nove obras já previstas em sua carteira de imóveis diretos, sinalizando avanços na execução do pipeline. Essas decisões alinham expansão de lastro e aceleração de projetos com potencial de geração de renda.
Na frente de desinvestimentos, o VRTM11 vendeu R$ 0,2 milhão em cotas de FIIs, encerrando posições em OULG11 e VISC11 com ganho de capital. No acumulado de 2024, os desinvestimentos em fundos imobiliários somam R$ 57 milhões, reforçando a rotação para ativos imobiliários próprios. A redução da exposição em FIIs tem sido gradual e consistente com a tese de priorizar originação e desenvolvimento de operações diretas.
Com a cotação em R$ 6,97, o fundo negocia a 0,75 vez o valor patrimonial, indicando desconto relevante. A gestão estima que eventual recompra de todas as unidades elegíveis poderia adicionar aproximadamente R$ 0,09 por cota, sugerindo assimetria positiva. A análise de valor relativo segue como diretriz para eventuais movimentos de mercado.
A inflação também entra no radar: o IPCA de setembro, em 0,48%, deve impactar os CRIs indexados ao indicador nos próximos meses, dado o hiato de 60 a 90 dias. Esse repasse tende a sustentar a receita financeira dos papéis atrelados ao IPCA, contribuindo para a estabilidade dos resultados.
Por fim, o VRTM11 mantém cerca de 5% do patrimônio líquido em caixa, preservando flexibilidade para novas operações estruturadas e eventuais oportunidades táticas. A combinação de alocação em imóveis diretos, reciclagem de posições e gestão ativa de caixa busca sustentar o desempenho do fundo imobiliário no curto e médio prazos, com atenção à inflação e ao desconto patrimonial.
