Os fundos imobiliários HGFF11 e BPFF11 terão a sua negociação encerrada no mercado secundário da B3 na próxima segunda-feira, 18 de agosto.
Essa decisão ocorre em virtude da aprovação pelos cotistas em assembleias gerais extraordinárias, consolidando o processo de incorporação dos FIIs ao RVBI11, fundo multiestratégia sob gestão do Patria Investimentos. A suspensão busca facilitar a transição dos cotistas e a consolidação de ativos, refletindo uma estratégia de unificação dos fundos.
A saída dos fundos da bolsa será definida pelo número de cotas ao fim do pregão e impactará diretamente na determinação da participação de cada investidor no novo fundo.
De acordo com o cronograma, entre 22 de agosto e 19 de setembro, os cotistas deverão informar o custo médio de aquisição de suas cotas, para fins de apuração de eventual imposto de renda incidente sobre ganhos de capital na liquidação.
A obrigatoriedade visa evitar tributação indevida decorrente da utilização do preço mínimo de mercado, caso o investidor não envie as informações requeridas.
Enquanto o processo de incorporação ocorre, o RVBI11 prevê uma nova emissão de cotas, que substituirão as cotas do HGFF11 e BPFF11.
Essa alteração resultará na formação de um patrimônio de aproximadamente R$ 1,3 bilhão, consolidando a presença do Patria Investimentos no mercado de fundos imobiliários multiestratégia.
Processo de incorporação e impacto para investidores
O RVBI11, atualmente o maior dos três fundos envolvidos, possui um patrimônio líquido de R$ 776 milhões, equivalentes a R$ 75,52 por cota.
Sua seleção como fundo unificado ocorreu devido à sua estrutura de gestão, que permite investir em diversos ativos ligados ao setor imobiliário. Hoje, a maior parte de suas aplicações (93%) está em cotas de fundos imobiliários.
Os demais fundos, HGFF11 e BPFF11, apresentam patrimônios líquidos de R$ 254,3 milhões (R$ 81,82 por cota) e R$ 319,9 milhões (R$ 71,21 por cota), respectivamente, ambos com alta concentração em cotas de fundos imobiliários, em torno de 91,7% e 95%.
O processo de fusão envolve a troca de cotas por ativos do novo fundo, além de uma possível compensação financeira, dependente do número de cotas detidas por cada investidor.
Este movimento faz parte de uma estratégia de consolidação do mercado de fundos imobiliários, promovendo maior eficiência na gestão de ativos e potencial ampliação de liquidez e rentabilidade para os cotistas. A operação, aprovada por todos os cotistas, reflete a busca por maior escala e diversificação no segmento de fundos de investimento em imóveis.