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BB corta preço-alvo do Grupo Mateus, mas potencial de alta é de 80,7%

GARE11 lojas grupo Mateus

GARE11 tem Grupo Mateus (GMAT3) como um de seus locatários - Foto: Divulgação

O Grupo Mateus teve o preço-alvo revisto pelo BB Investimentos de R$ 10,40 para R$ 9, após os resultados do 3T25 e ajustes decorrentes da revisão contábil. Apesar do corte, a recomendação de compra foi mantida, com potencial de alta estimado em 80,7% em relação ao fechamento de 21 de novembro. A mudança reflete a atualização dos modelos com dados mais recentes e um cenário macroeconômico ainda desafiador.

Segundo a analista Andréa Aznar, a nova projeção considera a performance operacional do período e a necessidade de incorporar impactos não recorrentes ligados a estoques e CMV. A referência passa a ser o fim de 2026, substituindo a expectativa anterior. No curto prazo, o movimento das ações segue pressionado, mas o BB vê fundamentos sólidos para recuperação gradual.

A forte desvalorização dos papéis em 2025, superior a 20% até 21 de novembro, foi um fator central na avaliação. A revisão contábil pesou sobre os números do trimestre, ao mesmo tempo em que trouxe maior visibilidade para a qualidade dos resultados. O início da consolidação da parceria com o Novo Atacarejo adiciona uma camada estratégica relevante, ainda que com efeitos operacionais graduais.

Desempenho misto marcou o 3T25, com avanço no ciclo de caixa e melhora de rentabilidade, enquanto as vendas em mesmas lojas ficaram aquém do esperado. A alavancagem permaneceu saudável, com dívida líquida/EBITDA de 0,51x, reforçando a capacidade de investimento e execução. A joint venture ampliou presença em Pernambuco, Paraíba e Alagoas, sinalizando crescimento regional consistente.

H2: Perspectivas e valuation do Grupo Mateus
Para os próximos trimestres, o BB projeta crescimento tímido de receita, mas antecipa expansão gradual de margens, apoiada por um cenário macro mais favorável em 2026. O potencial de valorização de 80,7% se baseia em múltiplos atrativos e normalização operacional. O Grupo Mateus segue beneficiado por disciplina financeira, escala e exposição a formatos resilientes, apesar de volatilidade no curto prazo.

Em síntese, a redução do preço-alvo para R$ 9 ajusta premissas e riscos, sem alterar a tese principal. A recomendação de compra permanece, ancorada em recuperação de margens, execução da parceria com o Novo Atacarejo e melhoria do ambiente macro. Para investidores, o case oferece assimetria positiva, com foco em eficiência, expansão regional e retorno gradativo de confiança no papel do Grupo Mateus.

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