O FII Kinea Renda Imobiliária (KNCR11) vai pagar R$ 1,30 por cota em 14 de janeiro, referente aos resultados de dezembro. O valor representa alta de 17,12% frente à distribuição anterior de R$ 1,11 por cota, baseada nos números de novembro. A notícia reforça a atratividade dos dividendos do KNCR11 no curto prazo.
Com base no preço de fechamento de dezembro (R$ 107,51), a distribuição do KNCR11 implica dividend yield mensal de 1,21%. Cotistas participantes da 12ª emissão em curso também terão direito aos proventos. Os detentores de recibos KNCR13 a KNCR21 receberão o mesmo valor unitário, mantendo a paridade entre cota e recibo no período de integralização.
O KNCR11 detém o maior patrimônio líquido entre os fundos imobiliários brasileiros, ultrapassando R$ 9,4 bilhões sob gestão. A estratégia do fundo prioriza ativos de renda fixa imobiliária, com foco em instrumentos pós-fixados e baixo risco de crédito, especialmente Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Esse posicionamento busca estabilidade de caixa e previsibilidade na distribuição.
Em novembro, o fundo KNCR11 mantinha 87,7% do patrimônio em ativos-alvo, 5,8% em LCIs e 6,5% em caixa. Os CRIs indexados ao CDI respondiam por 87,5% dos recursos, com remuneração média de CDI + 2,11% ao ano e prazo médio de 3,7 anos. A gestão segue calibrando duration e indexadores para capturar o carregamento do CDI em um ambiente de juros em trajetória de queda.
A distribuição de dezembro resultou em rentabilidade líquida de 1,09% sobre a cota média de R$ 102,12, equivalente a 103% da taxa DI ou 121% do CDI com gross-up de IR de 15%. Esses números refletem o efeito do carregamento dos CRIs pós-fixados e a eficiente alocação de caixa. Para o investidor, a relação entre yield corrente e risco de crédito diversificado permanece um diferencial.
Em síntese, os dividendos do KNCR11 crescem com base em um portfólio robusto, exposição majoritária a CDI e disciplina na gestão de risco. A manutenção de liquidez, o peso de CRIs de alta qualidade e a escala do fundo tendem a sustentar a distribuição no curto prazo, ainda que sujeita a variações no ciclo de juros e no cronograma de emissões.
