O KNIP11 registrou lucro líquido de R$ 58,0 milhões em novembro de 2024, alta de 15,7% ante os R$ 50,1 milhões de outubro, segundo o relatório gerencial. O fundo, focado em CRIs atrelados à inflação, segue com desempenho resiliente mesmo em ambiente de indexadores mais fracos no curto prazo, sustentado pela estrutura de carteira e pelo carregamento das taxas contratadas. A gestão reforçou a disciplina na originação e na alocação para preservar retorno e liquidez.
A defasagem do IPCA continua a influenciar os resultados. Os CRIs vinculados ao índice possuem atraso aproximado de dois meses para incorporar as variações do indicador, o que explica parte da dinâmica recente de rendimentos. Assim, os proventos de dezembro ainda refletem os efeitos de setembro (0,48%) e outubro (0,09%), patamares considerados baixos pela administração diante do histórico do fundo.
Os proventos de dezembro foram anunciados em R$ 0,72 por cota, com pagamento em 11 de dezembro de 2025, equivalendo a rentabilidade líquida de 0,7% sobre a cota média de R$ 102,96. Em termos relativos, a performance corresponde a 66% da taxa DI do mês, ou 78% do CDI ao considerar gross-up de 15% de imposto de renda. A política de distribuição permanece alinhada ao fluxo operacional e às premissas de caixa.
A carteira segue concentrada em CRIs indexados, preservando o perfil de risco-retorno do veículo. A alocação atingiu 106,3% do patrimônio em ativos-alvo, com 2,0% em instrumentos de caixa, refletindo gestão ativa e busca de eficiência no carregamento. No período, foi registrada nova operação de R$ 18,8 milhões, com impacto marginal no duration e no retorno médio da carteira.
Em termos de precificação, os CRIs apresentam taxa MTM de IPCA + 10,35% ao ano e duration média de 3,8 anos, configurando carregamento atrativo diante do ciclo de juros. A gestão destaca diversificação por setores e emissores, além de reforçar práticas de monitoramento e covenants para mitigar riscos de crédito e mercado.
No mercado secundário, o volume movimentado alcançou R$ 223,48 milhões, com média diária de R$ 11,76 milhões, indicando liquidez consistente das cotas. Com a normalização do IPCA nos próximos meses, a expectativa é de que o KNIP11 gradualmente incorpore leituras mais recentes do índice, sustentando a distribuição e a previsibilidade de resultados.
