A presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, afirmou que acompanha quinzenalmente os preços dos combustíveis e indicou que já é momento de reavaliar os valores praticados. A última alteração promovida pela estatal foi no dia 1º de abril.
Apesar disso, a executiva destacou que a situação exige cautela, e que o tema ainda está em debate dentro da companhia. O objetivo, segundo ela, é evitar que a recente volatilidade internacional, especialmente nos preços do petróleo, acabe refletindo negativamente no cenário doméstico.
“A tarifa é um problema dos Estados Unidos, não nosso. Não podemos importar essa confusão para dentro do país. Estamos analisando com cuidado se os preços atuais estão compatíveis com o contexto. A depender da análise, podemos reduzir ou aumentar os valores. É um momento que exige muita calma, porque os problemas globais não nos pertencem”, declarou Magda em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
A decisão sobre o reajuste dos combustíveis cabe à presidente da Petrobras e aos diretores Fernando Melgarejo (Financeiro e de Relações com Investidores) e Claudio Schlosser (Logística, Comercialização e Mercados). O último ajuste, no início de abril, reduziu o preço do diesel em 4,6% nas refinarias da estatal. Já a gasolina permanece sem alteração há 271 dias.
Petrobras (PETR4): ações seguem em queda
Nesta terça-feira (15), tanto o petróleo quanto o dólar apresentavam oscilações entre leves altas e baixas, refletindo o ambiente de elevada volatilidade causado pelas novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a diversos países. O cenário aumentou a percepção de risco entre os investidores, com temores sobre os impactos na economia global e o risco de recessão.
As ações da Petrobras continuaram em trajetória de queda. Os papéis preferenciais (PETR4) fecharam o dia cotados a R$ 31,00 — o menor valor registrado no ano. Desde o início do mês, as ações acumulam uma perda superior a 16%, considerando o fechamento de R$ 37,16 registrado em 31 de março.