PSSA3 caiu mais de 6,8% nesta quinta-feira (6), entre as maiores quedas do Ibovespa, em dia de novo recorde do índice. O movimento ocorreu após a Porto divulgar lucro líquido de R$ 832 milhões no terceiro trimestre de 2025, número que, embora positivo, trouxe leitura mista ao mercado. A reação negativa das ações destoou do clima otimista da bolsa brasileira.
No comparativo anual, o lucro avançou 13% frente ao terceiro trimestre de 2024, mas recuou em relação ao segundo trimestre de 2025, o que adicionou cautela. Para parte dos investidores, a dinâmica sequencial pesa mais do que a anual na precificação de curto prazo de PSSA3.
A receita total atingiu R$ 10,5 bilhões entre julho e setembro, alta de 11% na base anual. O resultado financeiro somou R$ 383 milhões, um salto de 53% na comparação com o 3T24, beneficiado por maior carregamento de juros e efeito do CDI. A carteira de aplicações financeiras rendeu R$ 451 milhões, equivalente a 77% do CDI, mostrando evolução consistente na gestão de ativos.
A Genial Investimentos avaliou o trimestre como sólido e em linha com as projeções, destacando ROE consolidado de 22,9%, acima de 20% pelo quinto trimestre consecutivo. Esse patamar reforça a tese de rentabilidade sustentada para PSSA3, ainda que a volatilidade de curto prazo pressione as cotações.
A casa manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 69, implicando potencial de valorização de 45,6% sobre o último fechamento. Os analistas projetam dividend yield de 5,7% em 2025 e ROE acima de 20% no médio prazo, sustentado por eficiência operacional e disciplina na subscrição.
Perspectivas para o próximo trimestre incluem manutenção de margens em patamar saudável e foco na qualidade da carteira. Para o investidor, o balanço reforça fundamentos, mas o comportamento de curto prazo de PSSA3 pode seguir sensível à dinâmica de resultados sequenciais e ao ambiente macro.