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PetroRecôncavo (RECV3) cai com 5º mês seguido de queda na produção

PetroRecôncavo (RECV3) cai com 5º mês seguido de queda na produção
PetroReconcavo (RECV3). Foto: Pixabay

A PetroRecôncavo (RECV3) registrou queda na produção de setembro, com volumes totais recuando para 25.967 boe/dia (-1,8% vs agosto). O movimento, visto como negativo pela XP Investimentos, pressiona as cotações nesta quarta-feira (8) e reforça preocupações sobre ritmo operacional e eficiência de recuperação dos ativos. A sequência de retrações liga o alerta para a sustentabilidade da curva de produção no curto prazo.

O desempenho foi impactado principalmente pelo Ativo Bahia, cuja produção mensal encolheu 3,6%. No campo de Tiê, o início do processo de repressurização do reservatório reduziu os volumes extraídos, efeito típico de intervenções para melhorar o fator de recuperação a médio prazo. Em paralelo, a produção de gás na região permaneceu estável, sugerindo que o impacto esteve concentrado no óleo.

No Ativo Potiguar, a produção manteve-se estável em 12,9 mil boe/dia. O petróleo avançou 0,6% com os workovers realizados, indicando ganhos de curto prazo em poços específicos, enquanto o gás recuou 0,5%. Esse balanço mostra resiliência operacional no cluster, com ajustes táticos compensando parcialmente a fraqueza observada na Bahia.

A RECV3 acumula agora cinco meses consecutivos de declínio. Desde abril, quando atingiu pico de 27,8 kboed, a companhia reduziu 1,9 kboed nos volumes totais. Para investidores, a tendência adiciona risco à tese de produção, principalmente se as intervenções em curso demorarem a se traduzir em recuperação de óleo. A leitura da XP reforça a prudência no curto prazo.

As perspectivas dependerão do sucesso do projeto de repressurização em Tiê e da continuidade dos workovers no Potiguar. Se bem-sucedidas, as iniciativas podem estabilizar a curva de produção e mitigar a queda recente. Caso contrário, a RECV3 pode enfrentar mais um trimestre de pressão operacional e de mercado.

Em síntese, o mês de setembro consolida uma fase desafiadora, com a Bahia pesando no agregado e o Potiguar servindo de tampão. A avaliação negativa da XP e o quinto mês seguido de retração sustentam um viés cauteloso para a RECV3 até que sinais consistentes de retomada apareçam.

ACESSO RÁPIDO

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