O fundo imobiliário RZAT11 reportou lucro de R$ 2,874 milhões em setembro, abaixo dos R$ 3,836 milhões de agosto. As receitas somaram R$ 3,325 milhões, diante de despesas de R$ 451,3 mil, refletindo um mês de menor contribuição inflacionária para o resultado do portfólio. Apesar da queda, a gestão manteve a distribuição alinhada ao guidance.
Os cotistas receberam R$ 0,90 por cota em dividendos do RZAT11, em linha com as projeções. O fundo preserva R$ 0,01 por cota em reserva para suavizar oscilações futuras e garantir consistência nos pagamentos, especialmente em cenários de inflação mais comportada.
A redução do resultado está relacionada ao IPCA de 0,11% registrado em agosto. Como a carteira possui forte correlação com o índice, o repasse inflacionário mais baixo impactou diretamente a geração de caixa do mês. Essa dinâmica é típica de FIIs atrelados a contratos com correção pelo IPCA.
Para estabilizar rendimentos, o fundo imobiliário RZAT11 adota política de retenção parcial dos resultados. Essa abordagem busca oferecer previsibilidade, com a gestão projetando rendimentos entre R$ 0,85 e R$ 0,95 por cota ao mês. Em períodos de inflação elevada, o patamar pode subir; quando o IPCA recua, a reserva ajuda a atenuar a pressão sobre os proventos.
O portfólio atual é composto por 11 propriedades alugadas a 9 locatários, com rentabilidade contratual média de IPCA + 9,7% ao ano. Os ativos foram adquiridos por R$ 403 milhões e foram avaliados em R$ 718 milhões na última marcação, evidenciando ganho de valor ao longo do tempo.
A carteira do FII RZAT11 é diversificada entre imóveis industriais, comerciais e logísticos, distribuídos em sete estados, com 95% do patrimônio na estratégia principal e 5% em caixa. Uma operação relevante envolveu a Aliança Agrícola do Cerrado: o fundo comprou um imóvel por R$ 60 milhões e vendeu opção de recompra por R$ 35 milhões, resultando em recebimento líquido de R$ 25 milhões.
Em síntese, os dividendos do RZAT11 foram preservados em R$ 0,90 por cota, enquanto o resultado refletiu o IPCA mais baixo. A combinação de contratos atrelados à inflação, gestão ativa de caixa e reservas deve sustentar a previsibilidade dos rendimentos no curto prazo.