A Sequoia (SEQL3) aprovou um aumento de capital de R$ 40,3 milhões, em deliberação do Conselho de Administração realizada nesta terça-feira. A operação será efetivada por meio da emissão de ações ordinárias, já considerando a base ex-grupamento implementada pela companhia. A medida reforça a estrutura patrimonial e dá sequência ao processo de reorganização iniciado em 2024.
No movimento aprovado, a empresa emitirá 2,3 milhões de novos papéis ao preço unitário de R$ 0,88. O valor decorre da conversão de debêntures mandatoriamente conversíveis da sexta série, mecanismo frequentemente utilizado por companhias para transformar dívida em capital próprio e otimizar a alocação de recursos. Essa etapa contribui para a redução de alavancagem e melhora do perfil financeiro.
Com a conclusão da operação, o capital social contábil passará a R$ 1,48 bilhão. Em base ajustada pelo grupamento de 10:1, o total de ações ordinárias atingirá 11.382.987 unidades. A movimentação não apenas eleva o montante do capital social, como também ajusta a participação relativa dos acionistas conforme a conversão e emissão dos novos títulos.
O aumento de capital é um procedimento societário destinado a fortalecer a posição de capital da empresa. Novas ações podem ser criadas, ou títulos conversíveis podem ser transformados em participação acionária, alterando a composição do equity. Entre os objetivos comuns estão o financiamento de iniciativas estratégicas, a recomposição de caixa e o suporte a programas de reestruturação corporativa.
A decisão ocorre na esteira da reorganização societária em curso. Recentemente, a Sequoia concluiu a incorporação da Fulcrum Participações, elevando o capital de R$ 1,32 bilhão para R$ 1,43 bilhão por meio da emissão de 47,8 milhões de ações. A transação reforçou a base de capital e preparou terreno para a nova etapa aprovada pelo conselho.
Os papéis emitidos na incorporação foram subscritos pelo Jiguang Fundo de Investimento em Participações, com relação de substituição de 35,05:1. O fundo passou a deter 47,02% do capital total, evidenciando o papel estratégico do investidor no redesenho societário da companhia e na sustentação de sua agenda de crescimento.