
O SNAG11, fundo imobiliário agrícola da Suno Asset, alcançou sua maior cotação histórica ajustada por proventos na última segunda-feira (6). O avanço reflete expectativas mais positivas para a próxima safra brasileira, impulsionadas por um cenário climático menos extremo e mais previsível nas principais regiões produtoras.
Relatórios meteorológicos recentes apontam para um 2025/26 com condições equilibradas, sobretudo no Centro-Oeste e no Matopiba. A consultoria Nottus projeta enfraquecimento do El Niño nos próximos meses, o que tende a normalizar o regime de chuvas e reduzir a variabilidade de produtividade. Esse pano de fundo melhora o humor do mercado com o SNAG11 e sustenta a reprecificação dos ativos ligados ao agro.
Por que isso importa para os fundamentos? Um clima mais estável diminui o risco de quebra de safra, reduzindo a inadimplência em operações de crédito rural e fortalecendo as garantias reais, como terras, armazéns e estoques. Em agosto, o fundo registrou 100% de adimplência em sua carteira, sem eventos de calote desde a listagem, reforçando o histórico de qualidade do crédito.
Nos resultados mais recentes, o fundo reportou resultado líquido de R$ 10,867 milhões em agosto, o que permitiu distribuir dividendos de R$ 0,12 por cota. A gestão também reforçou reservas, que chegaram a R$ 0,091 por cota, criando colchão para suavizar proventos em ciclos mais voláteis. O patrimônio líquido somou R$ 626,6 milhões, equivalente a R$ 10,32 por cota, consolidando base de capital robusta.
A carteira segue majoritariamente em crédito, com cerca de 85% do portfólio alocado em instrumentos como CRAs. O destaque é o CRA Boa Safra, pulverizado em mais de 100 clientes, que permanece representativo mesmo após a venda de R$ 11,7 milhões no mês e ainda responde por 52% da carteira. Essa diversificação intrínseca contribui para diluição de risco e resiliência dos fluxos.
Com exportações agrícolas próximas de US$ 82 bilhões no primeiro semestre, o Brasil reforça sua posição no comércio global, gerando um ambiente favorável para veículos expostos ao agronegócio, como o SNAG11. Esse contexto, somado a fundamentos sólidos e disciplina na gestão de riscos, ajuda a explicar a máxima histórica e sustenta a confiança para o próximo ciclo.