O fundo imobiliário SNCI11, gerido pela Suno Asset, anunciou distribuição de dividendos de R$ 1,00 por cota, com pagamento em 23 de dezembro e base na posição do fechamento desta segunda-feira (15). Investidores que comprarem cotas no pregão de hoje garantem o recebimento antes do Natal, reforçando a atratividade do fluxo de caixa do FII para o fim do ano. O dividend yield mensal é de 1,22%, considerando a cotação de R$ 81,68 em 28 de novembro.
A consistência na distribuição chama atenção: o fundo mantém o patamar de dividendos de R$ 1,00 por cota há 18 meses consecutivos. Em setembro, registrou o melhor resultado semestral, com lucro líquido de R$ 4,289 milhões. O desempenho permitiu preservar o nível de proventos e ampliar as reservas não distribuídas para R$ 0,25 por cota, oferecendo maior segurança para a manutenção do payout.
Em termos de rentabilidade, o SNCI11 alcançou um yield anualizado de 14,86% até outubro, segundo o relatório gerencial da Suno Asset. Esse retorno reflete a estratégia de alocação em títulos de crédito imobiliário com indexadores diversificados, combinando proteção inflacionária e exposição a taxa pós-fixada. A disciplina na originação e no monitoramento de risco contribui para a estabilidade do portfólio.
Patrimonialmente, o fundo soma R$ 408,6 milhões em patrimônio líquido (R$ 97,30 por cota), concentrado em CRIs, que compõem 85% dos investimentos. Entre as características da carteira, os papéis atrelados ao IPCA carregam spread médio de 12,16%, enquanto os vinculados ao CDI oferecem spread de 5,54%. Essa combinação tende a mitigar volatilidade em diferentes cenários macro.
Movimentações recentes incluem reforço no CRI LocPay Sênior (R$ 770 mil a 23,87% a.a.), CRI MZM V (R$ 460 mil a IPCA + 12,95%) e CRI GS Souto (R$ 570 mil a IPCA + 10,00%). A principal aquisição foi o CRI Conceito (R$ 5 milhões a CDI + 6,50%), destinado a obras de loteamento em São José do Ribamar (MA), evidenciando foco em operações com garantias e retornos atrativos.
Em paralelo, houve venda de R$ 4 milhões do CRI GPA V, otimizando a alocação e a gestão de caixa, que encerrou setembro em R$ 28,4 milhões. Para o investidor, a manutenção de dividendos estáveis, aliada à diversificação de indexadores e spreads competitivos, sustenta a tese de renda recorrente com controle de risco.