O fundo imobiliário SNEL11, administrado pela Suno Asset e voltado a usinas fotovoltaicas de geração distribuída, alcançou a marca de 60 mil cotistas. O avanço reforça a aceitação do mercado à proposta do FII, que combina estabilidade de receitas com soluções sustentáveis e contratos de longo prazo. A gestão destaca que a expansão da base de investidores ocorre em paralelo ao fortalecimento operacional do portfólio.
Em outubro, o relatório gerencial registrou receita imobiliária de R$ 3,207 milhões oriunda da locação das usinas. A gestora observa que esse patamar tende a aumentar com a normalização de ativos em ramp-up e a cobrança de valores acumulados para faturas futuras, refletindo a maturação dos contratos. Assim, a trajetória de caixa projetada para os próximos trimestres é positiva.
As usinas UFVs Petrolina 2 e 4, com contratos recém-assinados, ainda não geraram caixa efetivo, mas possuem montantes acumulados a receber ao longo de 2026. Já a UFV Pirassununga passará a registrar neste ano os pagamentos referentes à carência contratual com a Safira, válidos até julho de 2025, o que deve contribuir para o incremento de curto prazo. Esses gatilhos operacionais ampliam a previsibilidade do fluxo de recebíveis.
A Suno Asset mantém projeção de receita imobiliária total de R$ 4,870 milhões considerando a capacidade plena do portfólio de 17 usinas. O montante contempla empreendimentos desenvolvidos pelo FII e ativos adquiridos prontos em condições econômicas favoráveis, estratégia que acelera a geração de caixa e dilui riscos. Com a entrada integral dessas plantas, a curva de receitas tende a se estabilizar em patamar mais elevado.
Liquidez também segue em trajetória robusta. Em novembro, o volume médio diário alcançou R$ 1,513 milhão, o segundo maior da história do fundo. No dia do pagamento dos dividendos do SNEL11 em 25 de novembro — R$ 0,10 por cota pelo 17º mês consecutivo — a negociação superou R$ 3 milhões, sinalizando maior participação de investidores. O dividend yield anualizado atingiu 15,26%.
Em síntese, o SNEL11 consolida tração comercial e operacional, com receitas recorrentes, pipeline contratual e liquidez crescente. A combinação entre contratos indexados, ramp-up de usinas e recebíveis acumulados sustenta a visão de crescimento para 2025 e 2026. Para o investidor, o case oferece exposição a infraestrutura renovável com distribuição consistente de proventos e tese defensiva no longo prazo.