
O fundo imobiliário SNEL11, criado pela Suno Asset para investimentos em geração distribuída de energia solar, atingiu nesta segunda-feira (14) sua maior liquidez diária do ano, com volume superior a R$ 2,4 milhões na B3. Essa marca reflete uma crescente aceitação do mercado, consolidando a trajetória ascendente do fundo, que vem atraindo investidores interessados em diversificação e inovação no segmento de fundos de infraestrutura.
A elevação na liquidez, além de um dado técnico, indica uma maior confiança dos investidores na estratégia do SNEL11, segundo especialistas. Guilherme Barbieri, head do fundo, explica que “liquidez é sinônimo de confiança e demonstra que o fundo tem entradas e saídas eficientes, atraindo tanto investidores de varejo quanto institucionais”.
O aumento no fluxo de negociações das cotas e a crescente base de mais de 30 mil cotistas, atingida no primeiro semestre, tornam o SNEL11 um dos fundos de infraestrutura mais pulverizados do Brasil.
O segmento de fundos imobiliários de energia, em particular, enfrenta desafios tradicionais de baixa liquidez, mas o SNEL11 tem se destacado por quebrar paradigmas. Segundo analistas, o fundo demonstra que infraestrutura de energia limpa pode ser acessível, líquida e atrativa para diferentes perfis de investidores, reforçando sua posição como um ativo diferenciado e inovador no mercado secundário.
SNEL11: estratégia de investimento e perspectivas de retorno
A estratégia do SNEL11, elaborada pela Suno Asset, combina contratos de longo prazo, previsibilidade de receitas e exposição à transição energética. A tese de investimento fundamenta-se na construção e aquisição de usinas fotovoltaicas, gerando receita por meio de locações e resultando em baixa correlação com FIIs tradicionais, o que amplia a diversificação de portfólio para investidores buscando alternativas ao mercado principal.
Com dividendos anuais em torno de 14%, o fundo anunciou uma próxima distribuição de R$ 0,10 por cota, agendada para 25 de julho, com base na posição de investidores ao final do pregão de terça-feira (15). Além disso, a natureza do portfólio, com usinas espalhadas por seis Estados brasileiros e operacionalidade no modelo “as-a-service”, garante uma monetização eficiente da energia produzida sem carregar os riscos operacionais convencionais do setor, proporcionando geração de caixa recorrente.
O bom desempenho recente do SNEL11 também reflete uma mudança de comportamento do mercado em relação a temas de sustentabilidade e energia limpa. Como destacou um gestor que aumentou sua posição após os dados favoráveis de liquidez, o fundo se posiciona no centro do movimento de investidores que buscam teses temáticas ligadas a megatendências globais.
Dessa forma, o SNEL11 não só consolida sua relevância no nicho de energia renovável, mas também serve como um caso de sucesso em inovação, execução e demanda no mercado de FIIs.